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Um ataque à democracia e aos trabalhadores


Ao invés de investigar a corrupção no Brasil, a Operação Lava-Jato age de forma ideológica para criminalizar as forças de esquerda no Brasil

Publicado: 04/03/2016
Escrito por: Ascom Sindsep-PE

Há momentos na vida que precisamos ter uma posição política. A classe trabalhadora tem sido sistematicamente atacada, com retirada de direitos, projetos reacionários sendo apresentados no Congresso Nacional, entre outras medidas que a atingem diretamente. Em meio a esse cenário, o maior líder dos trabalhadores da história brasileira, o ex-presidente Lula da Silva, está sendo vítimas de uma perseguição sem precedentes. Ao ser levado a prestar depoimento à Polícia Federal de forma coercitiva, na última sexta-feira, Lula foi humilhado e desrespeitado.

O que existe, na verdade, é um conluio entre setores do poder Judiciário, da mídia e de forças conservadoras da elite. São os mesmo atores que estiveram por trás do golpe civil-militar de 1964 e da crise que culminou com o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954. A história se repete. a democracia está sob ameaça. O espetáculo midiático que assistimos nos últimos dias é uma mostra clara de que esses setores querem a destruição da imagem do maior líder popular da contemporaneidade e extirpar a possibilidade de Lula ser candidato a presidente da República em 2018, com grandes chances de vitória.

A Operação Lava-Jato, criada com o intuito de investigar práticas de corrupção no Brasil, teve seu trabalho totalmente desviado e age com um único objetivo: criminalizar as forças de esquerda e fazer com que o Brasil retome o caminho da desigualdade e injustiça social de antes, beneficiando as multinacionais do petróleo, os grandes financistas nacionais e os empresários brasileiros em detrimento da classe trabalhadora. A espetacularização que a Lava-Jato vem produzindo dos fatos é uma tentativa de atingir Lula, o governo Dilma e todas as forças progressistas. Não precisa ser militante, nem de esquerda para perceber isso. Basta analisar a sequência dos acontecimentos.

A ação que originou um Mandado de Condução Coercitiva contra o presidente Lula aconteceu dois dias depois de uma grande reportagem da Revista IstoÉ fazendo graves acusações contra o ex-presidente e um dia depois de o Jornal Nacional reservar quase 40 minutos do programa para atacar o petista. E mais, tudo isso acontece dez dias antes de uma manifestação golpista agendada pelo PSDB e forças de direita para pedir o impeachment de uma presidenta eleita democraticamente. É mera coincidência? É preciso parar para analisar os fatos.

Entre as denúncias contra o ex-presidente está a acusação de que o Instituto Lula teria recebido doações de empresas envolvidas na Lava-Jato. Mas essas mesmas empresas também doaram ao Instituto Fernando Henrique. Apenas as doações para Lula são ilegais, as de FHC são lícitas? São questões que precisamos refletir. Quantas vezes a Polícia Federal ou o Ministério Público procurou saber a origem do pagamento das palestras que FHC deu antes e após ser presidente?

Da mesma forma, por que nomes como o do senador Aécio Neves, de Eduardo Cunha e de tantas outras pessoas ligadas ao PSDB, também citados na Lava-Jato, não são investigados nem tratados da mesma forma que Lula? A violência praticada contra o ex-presidente Lula e sua família, contra o Instituto Lula, e cidadãos ligados ao ex-presidente é uma agressão à democracia e ao Estado de Direito. A partir de agora, todos os cidadãos brasileiros estão à mercê da arbitrariedade das autoridades policiais que atuam não em defesa das instituições, mas defendem bandeiras políticas.

O que essas forças querem é desqualificar a esquerda brasileira, assim como fizeram em 1964. O que a direita, a mídia, juízes e promotores vinculados a políticos querem é se tornar um poder paralelo e descredenciar as instituições democráticas. O que eles querem é acabar com qualquer possibilidade de Lula voltar a ser o presidente do Brasil. Eles querem o golpe! E isso não vamos deixar acontecer.

É preciso mobilização da sociedade e pressão popular para barrar o golpe. É preciso ocupar as ruas não apenas para defender o ex-presidente Lula, mas o Estado Democrático de Direito no Brasil.

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