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Trabalhadores rejeitam proposta da Ebserh e levam ACT a dissídio


Os empregados da Ebserh não querem aceitar as perdas de direitos que estão sendo impostas pela empresa. Também querem uma reposição salarial digna

Publicado: 08/10/2019

Empregados reunidos em assembleia realizada no Recife


Depois de tentar por diversas vezes fechar o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2019/2020, sem sucesso, os trabalhadores da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) resolveram levar a questão a dissídio. A decisão foi tomada pelos empregados que se reuniram em mais de 20 assembleias em diversos estados brasileiros. 

Os trabalhadores não querem aceitar as perdas de direitos que estão sendo impostas pela empresa. Também querem uma reposição salarial digna. A Ebserh ofereceu um a reposição de apenas 70% do INPC (acumulado no período de 1º/03/2018 a 28/02/2019.  

Em Recife, a maioria dos trabalhadores optou por aceitar as propostas feitas pela empresa na última audiência de mediação, realizada no final de setembro, tendo em vista o cenário atual de dificuldade para negociação e os cortes que estão sendo promovidos pelo governo Bolsonaro para a saúde pública. No entanto, a proposta da maioria predominou. 

Agora, a Condsef/Fenadsef deve encaminhar o resultado e ingressar com o Dissídio Coletivo de Trabalho junto ao TST. Até o julgamento do dissídio, o atual ACT permanece válido. Validade que está condicionada a não realização de greve dos trabalhadores.  

“A decisão nacional demonstra que os trabalhadores da Ebserh não aceitam a retirada de direitos por parte da empresa. Então que a Justiça do Trabalho julgue o ACT”, comentou a diretora do Sindsep e trabalhadora da Ebserh, Gislaine Fernandes.    

Os trabalhadores lutam ainda para que o reajuste incida sobre os benefícios de assistência médica e odontológica, auxílio pré-escolar, auxílio alimentação e auxílio à pessoa com deficiência, o que está sendo negado pela Ebserh.  

A empresa também quer que a licença para acompanhar familiares enfermos fique restrita aos casos de urgência e emergência, para os empregados que cumprem jornada especial. No que se refere à Cláusula 16ª, referente ao abono de faltas, ela seria alterada de modo a garantir um dia mensal no lugar de dois como é hoje. Os empregados rejeitam as duas alterações. 

Os trabalhadores da Ebserh reivindicam também a implantação do quinquênio, do auxílio acidentário, adicional noturno de 50%, participação da empresa em 50% da assistência médica e odontológica e 15 minutos de descanso dentro da hora de jornada.

Importante destacar que a proposta do ACT foi protocolada pelos trabalhadores da empresa em dezembro de 2018 e a primeira reunião de negociação ocorreu no mês de fevereiro.  

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