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Trabalhadores iniciam Jornada de Mobilização contra juros altos


A alta taxa de juros, que hoje permanece em 13,75%, eleva o nível de endividamento dos trabalhadores, que são obrigados a pagar juros altos nas operações de cartão de crédito, financiamentos, empréstimos, prestação da casa própria, entre outras

Publicado: 16/06/2023

Foto: Brasil de Fato DF


A classe trabalhadora brasileira iniciou uma Jornada de Mobilização contra os juros altos praticados no país, que teve início na última sexta-feira (16) e se estenderá até o próximo dia 2 de julho. Na próxima terça-feira (20), quando acontecerá a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, serão realizados atos de rua em diversos estados brasileiros. A estratégia de boicote ao Brasil, levada à frente pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, um aliado de Jair Bolsonaro, afeta diretamente a população brasileira. 

A alta taxa de juros, que hoje permanece em 13,75%, eleva o nível de endividamento dos trabalhadores, que são obrigados a pagar juros altos nas operações de cartão de crédito, financiamentos, empréstimos, prestação da casa própria, entre outras. Essa política também faz com que a economia trave, impedindo investimentos pelo setor produtivo, gerando desemprego e paralisando o consumo. 

Com a alta dos juros, o nível de endividamento, que já bateu recorde em 2022, tende a aumentar ainda mais. Os brasileiros não estão conseguindo pagar suas contas e continuarão tendo dificuldades caso a taxa não baixe. O parcelamento de dívidas, com juros altos, também se torna inviável aos brasileiros e brasileiras.

Twitaço e atos de rua

Nesta segunda-feira (19), haverá um tuitaço organizado pela CUT e entidades com a hashtag #JurosBaixosJá, mas que deverá envolver toda a sociedade. Já no dia 20, serão realizados atos em frente às sedes do Banco Central em várias cidades brasileiras. Em São Paulo, na sede do BC, localizada na Avenida Paulista, onde será realizada a reunião do Copom, haverá manifestação a partir das 10h. 

A ideia é pressionar Campos Neto a promover a queda dos juros. Os dias 20 e 21 são as datas em que o Copom se reunirá para definir a taxa de juros a ser praticada pelos próximos meses.

A jornada prossegue até o dia 2 de julho, no entanto a mobilização é permanente até que essa política seja revista.

Quem sai ganhando? 

Campos Neto afirma que a alta taxa de juros é necessária para controlar a inflação, ignorando as sucessivas quedas nos índices inflacionários dos últimos meses. O IPCA, que mede a inflação oficial, no mês de maio ficou em 0,23%, índice menor que os 0,61% de abril e que soma 3,94% em 12 meses. É o menor índice em três anos.

O sistema financeiro é o setor que mais lucra com a taxa Selic alta. Mesmo em um cenário de crescimento restrito em 2022, os cinco maiores bancos do país obtiveram um lucro líquido de cerca de R$ 106,7 bilhões. 
 

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