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Trabalhadores da Ebserh irão iniciar processo de construção de greve


Na última reunião de mediação dos Acordos Coletivos de Trabalho da Ebserh, a ministra do TST, Delaíde Miranda, chegou a apresentar uma contraproposta. No entanto, a direção da empresa não concordou com nenhuma das propostas que foram apresentadas, nem pelas entidades, nem pelo TST, mantendo o impasse nas negociações

Publicado: 26/08/2022
Escrito por: Ascom Sindsep-PE

A direção do Sindsep-PE promoveu, nesta quinta-feira (25), uma Assembleia Extraordinária virtual com os empregados da Empresa Brasileira de Servidores Hospitalares (Ebserh). O encontro teve como objetivo repassar os informes das negociações com a empresa pública, como o acordo coletivo e o dissídio de greve, e também tirar encaminhamentos sobre o processo de mobilização do setor.  

Na ocasião, os trabalhadores da Ebserh em Pernambuco resolveram iniciar um processo de construção de greve, que irá contar com um calendário de ações a ser construído nos próximos dias, como aconteceu no último mês de fevereiro (FOTO). Os trabalhadores estão indignados com o descaso com que vêm sendo tratados, em mais de três anos de tentativa de negociação, e com a última cartada da direção da Ebserh que divulgou uma nota com informações que não correspondem à verdade, uma marca já registrada do atual governo. A nota, com o título "Petição apresentada pelas entidades sindicais poderá adiar o desfecho das negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT)", é mais uma prova da falta de respeito dessa gestão com os representantes dos trabalhadores.

Na verdade, as representações dos funcionários da Ebserh solicitaram o arquivamento de um pedido de dissídio específico requerendo a abusividade da greve que teve início no dia 13/05/2021. O dissídio ajuizado pela Empresa foi responsável pela suspensão da greve no dia seguinte,  uma vez que as entidades estavam sujeitas a multa pelo TST. Ou seja, o arquivamento deste dissídio em nada irá influenciar o desfecho das negociações de cláusulas sociais e econômicas do ACT. Na verdade, com o seu arquivamento, os trabalhadores e trabalhadoras estarão liberados para fazer greve, sem qualquer restrição. Esse é exatamente o temor da Ebserh de que o processo seja extinto, ou então, uma vez apreciado o mérito, julgado improcedente, reconhecendo que a greve não é abusiva.  "Para nós, o importante é que esse dissídio seja julgado o mais rápido possível. Porque, depois disso, poderemos iniciar a greve", comentou Gislaine Fernandes.  

REUNIÃO COM TST
Durante a Assembleia, o secretário geral da Condsef/Fenadsef, Sérgio Ronaldo, informou que a assessoria jurídica da Confederação está agendando uma reunião com a ministra do TST, Delaíde Miranda, para tentar solucionar uma negociação em torno do ACT que vem se estendendo há mais de três anos.  

Na última reunião de mediação dos Acordos Coletivos de Trabalho da Ebserh, a ministra do TST, Delaíde Miranda, chegou a apresentar uma contraproposta que inclui a manutenção das cláusulas sociais do atual ACT da empresa, reajuste integral linear para todos os empregados de 20%, com retroativo a partir de janeiro de 2022, além da manutenção da insalubridade da forma como se encontra. No entanto, a direção da empresa não concordou com nenhuma das propostas que foram apresentadas, nem pelas entidades, nem pelo TST, mantendo o impasse nas negociações.

"Na próxima reunião, vamos procurar saber da ministra se ela manteria essa proposta em um julgamento de dissídio para, depois da sua resposta, voltarmos a nos reunir com os trabalhadores e decidirmos juntos o que fazer", comentou Ronaldo.  

Também participaram da Assembleia o coordenador-geral do Sindsep, José Carlos de Oliveira, a secretária das Empresas Públicas da Condsef e diretora da Secretaria de Formação Político Sindical do Sindsep, Elna Melo, e o advogado da Assessoria Jurídica do Sindicato, Rodrigo Galindo.
 
Todas as falas destacaram o descaso e desrespeito com que os trabalhadores da Ebserh vêm sendo tratados desde o início do governo Bolsonaro e até hoje. Há três anos, os trabalhadores tentam negociar Acordos Coletivos de Trabalho (ACT's) e recebem como resposta a tentativa de retirada de direitos e redução de salários. Até a mediação do TST segue pendente.

PAUTA
Os(as) trabalhadores(as) da Ebserh apresentaram ao governo uma pauta que inclui a manutenção das cláusulas sociais do ACT vigente e uma reposição inflacionária linear de 22,30%, referente aos três anos de congelamento salarial, incidindo sobre os salários e benefícios dos empregados públicos da Empresa. Também cobram o pagamento dos valores retroativos sobre salários e benefícios considerando os respectivos ACTs vencidos. Além do reajuste linear, a categoria busca um aumento de R$ 600,00 aos assistentes administrativos, uma vez que eles recebem os menores salários pagos pela Ebserh, o que provoca uma disparidade.  

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