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Trabalhadores da Ebserh divulgam carta à sociedade explicando a greve


No dia 21, em Pernambuco, os trabalhadores e trabalhadoras da Ebserh estarão reunidos na frente do Hospital das Clínicas, fazendo uma mobilização e entregando uma carta à população, explicando os motivos da greve

Publicado: 19/09/2022


Os trabalhadores e trabalhadoras da Ebserh entrarão em greve na próxima quarta-feira, dia 21 de setembro, em diversos estados brasileiros. Assembleias foram realizadas nos diversos estados onde a Empresa atua e os(as) empregados(as) referendaram a paralisação de atividades definida em Plenária Nacional. A greve ocorrerá depois de mais de três anos de tentativas de negociação dos(as) trabalhadores(as) com o Governo Bolsonaro em torno do seu Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Serviços essenciais e inadiáveis à população serão mantidos. 

Em Pernambuco, os trabalhadores e trabalhadoras do Hospital das Clínicas decidiram pela greve durante assembleia realizada na semana passada. No dia 21, eles estarão reunidos na frente do Hospital das Clínicas, fazendo uma mobilização e entregando uma carta à população, explicando os motivos da greve. 

Cientes de sua responsabilidade para com a saúde da população, os empregados da Ebserh divulgaram uma carta à sociedade destacando cinco motivos centrais que fizeram com que a categoria decidisse pela greve nacional. Veja abaixo: 

CARTA ABERTA À SOCIEDADE SOBRE A GREVE DAS(OS) EMPREGADAS(OS) EBSERH
A força de trabalho da EBSERH entrará em greve nacional a partir do dia 21/09/2022 por tempo indeterminado e vamos aqui indicar os principais motivos.

1)    Inércia da maior rede de hospitais públicos do País: A EBSERH, rede pública de saúde e ensino ligada ao SUS, que atualmente conta com 40 hospitais no atendimento de média e alta complexidade, não teve nenhum interesse nas resoluções de acordos coletivos de trabalho que se arrastam há anos e que atenderiam a quase 40 mil trabalhadores. Profissionais esses que cuidam daquilo que o país mais precisa: SAÚDE E EDUCAÇÃO!

2)    Propostas absurdas em plena pandemia: Vivenciamos tempos sombrios com a atual gestão da EBSERH. No início das negociações era zero por cento de reajuste, depois, no ápice da pandemia COVID 19, nos disseram que para promover algum tipo de reajuste, seria necessário retirar direitos.

3)    Afronta a quem salva vidas: Nossas rotinas de trabalho são extenuantes e, ao invés de haver reconhecimento, recebemos enfrentamento. Fomos ao longo desses anos de negociações levados ao limite. A gestão da empresa chegou até mesmo a colocar colega de trabalho contra colega de trabalho. E foram além, dizendo que “adicional de salário SANGRA para a empresa”. Ou seja, querem suprimir direitos de quem ganha pouco e trabalha muito.

4)    Somos profissionais que vivem seu absoluto limite: Pessoas que salvam vidas já não estão conseguindo cuidar da própria saúde física e mental por conta de tanta desvalorização, falta de reconhecimento, falta de empatia. Tudo isso em pessoas que se dedicam diariamente na busca incessante de salvar outras vidas.

5)    Não resta outro caminho: Percebemos que somos essenciais para a SOCIEDADE, mas somos invisíveis para o GOVERNO. O dia 21/09/2022 marcará o início da maior greve da história da EBSERH. Apoiem-nos nesta batalha pela valorização dos serviços públicos. O BRASIL precisa disso!
 

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