Trabalhadores da Ebserh decidem em assembleia nacional não assinar ACT

Em assembleia nacional realizada pela Condsef, na última terça-feira (22), os trabalhadores da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) resolveram não aceitar o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2015/2016. Nesta sexta (25), o Sindsep-PE realiza assembleia com os trabalhadores da Ebserh de Pernambuco para avaliar o cenário, discutir o indicativo de paralisação e tirar os encaminhamentos. A assembleia será no hall do Hospital das Clínicas, às 13h30.

Na assembleia nacional de terça, os trabalhadores da Ebserh deliberaram pela realização de paralisações, visando à construção de uma greve geral do setor. Alguns estados, como o Distrito Federal e o Piauí, já estão para paralisados por tempo indeterminado.

“É uma decisão nacional. Precisamos apoiar para demonstrar união”, adianta Gislaine Fernandes,  funcionária da Ebserh/PE, que participou da assembleia. “A Condsef só assinará qualquer acordo mediante a aprovação da sua base”, completou Fernando Lima, diretor da confederação e do Sindsep, que também participou da atividade em Brasília.

PETROLINA

Na quarta-feira, os servidores da Ebserh de Petrolina participaram de uma assembleia no Hospital de Ensino Dr. Washington Antônio de Barros, ligado à Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). Lá não foi deliberada a paralisação. Essa decisão deve ser tomada semana que vem, quando será realizada uma nova assembleia. Por enquanto, eles decidiram criar uma comissão interna para fazer um levantamento dos problemas existentes na unidade de saúde. Participaram da assembleia 79 trabalhadores (FOTO).

Essa foi a primeira reunião dos trabalhadores da Ebserh no município. “Considero muito importante essa iniciativa dos trabalhadores e do Sindsep, porque mostra a força e a vontade de se organizarem no seu local de trabalho, em um setor de extrema importância para a sociedade”, pontua o diretor territorial de base do sindicato no Sertão, Paulo Batista de Castro.
    

CLÁUSULAS ECONÔMICAS

Apesar de não ter consenso em alguma pontos, o ACT prevê reajuste de 7,7%, auxílio alimentação de R$ 483,58, auxílio creche de R$ 157,76, contrapartida do plano odontológico com o teto máximo de R$ 128,22 e auxílio da pessoa com deficiência de R$ 171,49. Se o acordo fosse fechado, o pagamento seria retroativo a 1º de março deste ano.