Sobram motivos para os trabalhadores aderirem à greve geral, dia 11

Ascom Sindsep-PE

Como resposta aos desmandos dos seis meses do governo ilegítimo, a classe trabalhadora prepara uma grande mobilização nacional prevista para acontecer nesta sexta-feira, dia 11 de novembro. Será o Dia Nacional de Greve, quando as mais diversas categorias de trabalhadores vão paralisar como forma de resistir às medidas que retiram direitos da classe trabalhadora e penalizam a população menos favorecida.

Da base do Sindsep-PE já estão confirmadas paralisações no IBGE, Ministério da Saúde, reitoria do IFPE e Sudene, local que acontecerá, às 8h, um café da manhã com ato público. No mesmo horário, também será realizado um ato com café da manhã no Incra. O IF Sertão–PE, em Petrolina, está paralisado desde o dia 25 de outubro, com a ocupação dos estudantes.

O Dia Nacional de Greve está sendo convocada pelas centrais sindicais, que denunciam o pacote de maldade do governo ilegítimo. A CUT pontuou algumas das propostas nocivas aos trabalhadores. Confira abaixo cada uma delas.

Alguns dos projetos nocivos à classe trabalhadora
 

PEC 55
Aprovada no último dia 25 de outubro, a PEC 55, que na Câmara era a PEC-241, prevê o congelamento em investimentos públicos para os próximos 20 anos. A medida irá interferir diretamente nas verbas destinadas à Saúde e Educação, já que os repasses de verbas serão reajustados apenas de acordo com a inflação. Durante os governos de Lula e Dilma, o reajuste era feito acima da inflação.

Terceirização
O PL 4330, que foi aprovado na Câmara e tramita no Senado como PLC 30, prevê a terceirização da atividade-fim nas empresas. Se aprovado também pelos senadores, o projeto autoriza a precarização do trabalho e pode significar a extinção da CLT. Além disso, o contratante fica livre de responsabilidades quanto ao não cumprimento de leis trabalhistas.

Pré-Sal
A aprovação do PL 4567/2016, altera o papel da Petrobrás na exploração do pré-sal. Além de não ser mais operadora única, também não terá direito ao mínimo de 30% da produção, conforme previa lei aprovada durante o governo Lula. Com o argumento de adequar a empresa a suas dívidas e abrir o mercado a novos investidores, a medida pode trazer estragos gigantescos a toda uma cadeia produtiva, prejudicar o desenvolvimento tecnológico e ainda fazer do país mero exportador de matéria-prima.

Reforma da Previdência
Uma das medidas anunciadas como prioridade por Temer, a Reforma da Previdência deve aumentar a idade mínima de aposentadoria para 65 anos e igualar a idade entre homens e mulheres e entre trabalhadores do campo e da cidade. Outra medida que pode prejudicar as aposentadas e aposentados, é que a proposta de Temer prevê a desvinculação dos benefícios da previdência aos reajustes de salários mínimos.