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Publicado: 15/04/2015
O Dia Nacional de Paralisações contra o Projeto de Lei (PL) 4330 das terceirizações já iniciou com a mobilização do Sindsep-PE, no Recife. Diretores do Sindicato fizeram uma panfletagem, durante toda a manhã de hoje, junto à população que estava sendo atendida na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), na avenida Agamenon Magalhães, além de transeuntes e passageiros de ônibus que trafegavam por aquela avenida.
Os diretores do Sindsep-PE também fizeram discurso em um carro de som conclamando a todos para se mobilizarem contra o Projeto de Lei que tira direitos históricos dos trabalhadores, destacando o protesto que ocorrerá hoje a tarde na avenida Cruz Cabugá, em Santo Amaro. Os trabalhadores pernambucanos irão se reunir, às 14h, em frente à Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe) e de lá sairão em caminhada até o Palácio do Governo.
Na SRTE, os diretores do Sindsep também dialogaram com os trabalhadores que estavam sendo atendidos pelo órgão, explicando os malefícios que a terceirização generalizada trará para o Brasil.
“Hoje, existem poucas atividades terceirizadas no Brasil. Mas esse projeto amplia a terceirização para todos. Direitos conquistados a duras penas pelos trabalhadores brasileiros como férias, 13º salário, licença maternidade serão excluídos dos contratos dos trabalhadores, como já acontece hoje com quem já é terceirizado”, destacou a coordenadora geral do Sindsep-PE, Graça Oliveira.
Para o diretor de imprensa do Sindsep, Sérgio Goiana, o que está em jogo é a sobrevivência da classe trabalhadora brasileira. "Esse projeto é um ataque a todas as conquistas que levamos décadas para atingir. Leis trabalhistas que garantem o mínimo de direitos aos trabalhadores. Não vamos permitir isso", defendeu.
Segundo estudo do Dieese, hoje no Brasil, os terceirizados recebem salários com um percentual de 24,7% menor que os salários dos trabalhadores contratados diretamente pelas empresas. A jornada de trabalho semanal de um terceirizado é de 3 horas a mais. A sua rotatividade também é maior. Enquanto um terceirizado permanece, em média, 2,7 anos em sua empresa, o contratado direto fica 5,8 anos. A terceirização também facilita o trabalho escravo. De 2010 a 2013, entre os trabalhadores flagrados em condições análogas à escravidão, 90% eram de terceirizados.
“Não sou terceirizada, mas trabalho em uma empresa em que existem muitos funcionários terceirizados e vejo o sofrimento deles porque têm uma série de direitos negados”, comentou a advogada Andrea Bezerra.
Dos 324 deputados que votaram a favor do PL 4330, a maioria é empresário ou teve suas campanhas financiadas por empresários. “Ao aprovar a terceirização, eles estão retribuindo os investimentos feitos em suas campanhas por seus financiadores empresariais. Por isso a importância de uma Reforma Política feita pelo povo que acabe com o financiamento privado de campanhas”, alertou Graça Oliveira.
O ato de hoje a tarde na frente da Fiepe está sendo organizado pela CUT Pernambuco. O local escolhido é estratégico. A Fiepe é uma entidade empresarial e o setor da indústria é um dos que mais emprega no país e no estado. A ideia é mostrar aos patrões que a classe trabalhadora não aceita retirada de direitos e contra isso está mobilizada. De Santo Amaro, os manifestantes seguirão em caminhada até o Palácio do Campo das Princesas, encerrando a atividade com outro grande ato público dos professores da rede estadual, em greve desde a última segunda.
LIMOEIRO
Os servidores do Ministério da Saúde cedidos a 2ª Gerência Regional de Saúde (Geres) de Limoeiro e filiados ao Sindsep-PE também realizaram uma mobilização, parando todas as atividades. Cerca de 30 servidores fizeram distribuição de folhetos na frente da Geres contra a terceirização.
DEPUTADOS PERNAMBUCANOS QUE VOTARAM PELA TERCEIRIZAÇÃO
PSB
Fernando Coelho Filho
Gonzaga Patriota
João Fernando Coutinho
Marinaldo Rosendo
Pastor Eurico
PSDB
Daniel Coelho
Betinho Gomes
PMDB
Jarbas Vasconcelos
PPS
Raul Jungmann
Roberto Freire (SP*)
PTB
Jorge Côrte Real
Ricardo Teobaldo
Solidariedade
Augusto Coutinho
PSC
Silvio Costa
PP
Eduardo da Fonte
Fernando Monteiro
PR
Anderson Ferreira
PCdoB
Carlos Eduardo Cadoca
PHS
Kaio Maniçoba
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Os diretores do Sindsep-PE também fizeram discurso em um carro de som conclamando a todos para se mobilizarem contra o Projeto de Lei que tira direitos históricos dos trabalhadores, destacando o protesto que ocorrerá hoje a tarde na avenida Cruz Cabugá, em Santo Amaro. Os trabalhadores pernambucanos irão se reunir, às 14h, em frente à Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe) e de lá sairão em caminhada até o Palácio do Governo.
Na SRTE, os diretores do Sindsep também dialogaram com os trabalhadores que estavam sendo atendidos pelo órgão, explicando os malefícios que a terceirização generalizada trará para o Brasil.
“Hoje, existem poucas atividades terceirizadas no Brasil. Mas esse projeto amplia a terceirização para todos. Direitos conquistados a duras penas pelos trabalhadores brasileiros como férias, 13º salário, licença maternidade serão excluídos dos contratos dos trabalhadores, como já acontece hoje com quem já é terceirizado”, destacou a coordenadora geral do Sindsep-PE, Graça Oliveira.
Para o diretor de imprensa do Sindsep, Sérgio Goiana, o que está em jogo é a sobrevivência da classe trabalhadora brasileira. "Esse projeto é um ataque a todas as conquistas que levamos décadas para atingir. Leis trabalhistas que garantem o mínimo de direitos aos trabalhadores. Não vamos permitir isso", defendeu.
Segundo estudo do Dieese, hoje no Brasil, os terceirizados recebem salários com um percentual de 24,7% menor que os salários dos trabalhadores contratados diretamente pelas empresas. A jornada de trabalho semanal de um terceirizado é de 3 horas a mais. A sua rotatividade também é maior. Enquanto um terceirizado permanece, em média, 2,7 anos em sua empresa, o contratado direto fica 5,8 anos. A terceirização também facilita o trabalho escravo. De 2010 a 2013, entre os trabalhadores flagrados em condições análogas à escravidão, 90% eram de terceirizados.
“Não sou terceirizada, mas trabalho em uma empresa em que existem muitos funcionários terceirizados e vejo o sofrimento deles porque têm uma série de direitos negados”, comentou a advogada Andrea Bezerra.
Dos 324 deputados que votaram a favor do PL 4330, a maioria é empresário ou teve suas campanhas financiadas por empresários. “Ao aprovar a terceirização, eles estão retribuindo os investimentos feitos em suas campanhas por seus financiadores empresariais. Por isso a importância de uma Reforma Política feita pelo povo que acabe com o financiamento privado de campanhas”, alertou Graça Oliveira.
O ato de hoje a tarde na frente da Fiepe está sendo organizado pela CUT Pernambuco. O local escolhido é estratégico. A Fiepe é uma entidade empresarial e o setor da indústria é um dos que mais emprega no país e no estado. A ideia é mostrar aos patrões que a classe trabalhadora não aceita retirada de direitos e contra isso está mobilizada. De Santo Amaro, os manifestantes seguirão em caminhada até o Palácio do Campo das Princesas, encerrando a atividade com outro grande ato público dos professores da rede estadual, em greve desde a última segunda.
LIMOEIRO
Os servidores do Ministério da Saúde cedidos a 2ª Gerência Regional de Saúde (Geres) de Limoeiro e filiados ao Sindsep-PE também realizaram uma mobilização, parando todas as atividades. Cerca de 30 servidores fizeram distribuição de folhetos na frente da Geres contra a terceirização.
DEPUTADOS PERNAMBUCANOS QUE VOTARAM PELA TERCEIRIZAÇÃO
PSB
Fernando Coelho Filho
Gonzaga Patriota
João Fernando Coutinho
Marinaldo Rosendo
Pastor Eurico
PSDB
Daniel Coelho
Betinho Gomes
PMDB
Jarbas Vasconcelos
PPS
Raul Jungmann
Roberto Freire (SP*)
PTB
Jorge Côrte Real
Ricardo Teobaldo
Solidariedade
Augusto Coutinho
PSC
Silvio Costa
PP
Eduardo da Fonte
Fernando Monteiro
PR
Anderson Ferreira
PCdoB
Carlos Eduardo Cadoca
PHS
Kaio Maniçoba