Sindsep-PE participa da 10ª Conferência Estadual de Saúde

A defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), da vida e da democracia foram destaques da 10ª Conferência Estadual de Saúde de Pernambuco, realizada entre a última terça-feira (30/05) e esta sexta (02/06), em Olinda (PE). A conferência reuniu, no Centro de Convenções de Pernambuco, mais de 1,6 mil delegados da região metropolitana, do campo, do Sertão, do Agreste, da Zona da Mata, quilombolas e indígenas para discutir propostas que garantam a existência e melhorias para o Sistema Único de Saúde (SUS). O Sindsep-PE foi representado por seu secretário-geral, José Felipe Pereira, que é servidor aposentado do Ministério da Saúde.

As propostas feitas pelos gestores, trabalhadores e usuários do SUS também irão nortear o plano estadual de saúde pelos próximos quatro anos. “Este foi um evento bem representativo, com a cara do povo pernambucano na construção do Sistema Único de Saúde. O SUS sai fortalecido com a participação das mais diversas representações nesta Conferência, em uma demonstração da importância do controle social”, comentou José Felipe Pereira. 

O subfinanciamento do sistema e o arcabouço fiscal, que limita os investimentos em políticas públicas, foram apontados pelos participantes como importantes desafios a serem enfrentados.

A Conferência Estadual aconteceu depois das etapas municipais com 180 municípios realizando suas conferências e tirando suas propostas a nível local. Também foram realizadas quatro conferências regionais em Recife, Caruaru, Arcoverde e Salgueiro, reunindo pessoas da Região Metropolitana, Zona da Mata, Agreste e Sertão do Estado. 

A 10ª Conferência Estadual debateu as propostas vindas dos municípios e das regionais para formular um documento a ser debatido na Conferência Nacional de Saúde, que ocorrerá no segundo semestre deste ano.

Entre as sugestões está a garantia da educação permanente dos profissionais de saúde, fortalecendo as políticas estratégicas com resolutividade e equidade; o investimento em atenção básica, melhorando a estrutura física das unidades e equipamentos, garantindo a acessibilidade a pessoas com obesidade, pessoas com deficiência e transtornos mentais e incluindo programas de residência descentralizadas para interiorizar profissionais; implantação de consultórios móveis para áreas de difícil acesso; e ampliação e fortalecimento das práticas integrativas e criação de fluxo de atendimento à saúde mental.

Também foram propostas a garantia da implementação da política de equidade e das políticas específicas para populações em situação de vulnerabilidade (Negras, LGBTQIA+, pessoas em situação de rua, com deficiência, privados de liberdade, mulheres em situação de violência, pacientes de saúde mental e ciganos), visando promover o respeito à diversidade e assegurar atendimento integral e equânime. 

A lista inclui ainda, entre outras propostas, o maior repasse de recursos aos municípios para que possam ser custeados mais profissionais médicos das Equipes de Saúde da Família; a integração de novas categorias profissionais à estratégia da -saúde da família; e um maior repasse estrutural, pessoal e financeiro para fortalecimento das ações de educação continuada.