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Sindsep-PE esteve presente na inauguração da fábrica da Hemobrás


Depois de anos de desinvestimento, durante os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro, a Hemobrás voltou a receber atenção do governo federal

Publicado: 08/04/2024

Representantes do Sindsep-PE participaram da inauguração da fábrica de medicamentos produzidos por biotecnologia da Hemobrás, que ocorreu no último dia 04 de abril, em Goiana, Pernambuco. Depois de anos de desinvestimento, durante os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro, a Hemobrás voltou a receber atenção do governo federal e inaugurou a planta que é a primeira unidade fabril de produção nacional do medicamento Fator VIII recombinante (Hemo-8R).

O Hemo-8R é utilizado por pacientes em tratamento da hemofilia A, condição genética rara que afeta a coagulação do sangue. Atualmente, o Brasil é o quarto país com mais hemofílicos do mundo, com cerca de 12 mil portadores da doença.

A cerimônia de inauguração contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da ministra da Saúde, Nísia Trindade, e de outros ministros e autoridades, além das trabalhadoras e trabalhadores da Hemobrás e dos representantes do Sindicato e de associações de pacientes.

“Essa inauguração tem um forte impacto na geração de empregos da região. Existe uma previsão de dois mil novos postos de trabalho, sendo 1,4 mil diretos e 600 indiretos, com a fábrica em pleno funcionamento. Para além disso, estamos dando mais um passo para nos tornarmos autossuficientes na produção de hemoderivados. E isso será fundamental para o desenvolvimento da indústria nacional”, comentou o diretor do Sindsep-PE, Eduardo Albuquerque.  

A nova fábrica está em fase de qualificação de equipamentos e processos e estará em pleno funcionamento, produzindo o Hemo-8R 100% nacional, até o final de 2025. A capacidade produtiva da planta será de 1,2 bilhão de UI (unidades internacionais) por ano, o que é suficiente para abastecer 100% da demanda do Sistema Único de Saúde (SUS).

O processo de nacionalização do Hemo-8r ocorreu a partir de uma parceria com a empresa japonesa Takeda para transferência de tecnologia. Ainda neste ano, começa localmente o processamento do produto, rotulagem e embalagem. O cronograma culmina na produção brasileira dos insumos, chamados de IFA, em dezembro de 2025. Todas as etapas serão submetidas à análise prévia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

As trabalhadoras e trabalhadores da Hemobrás são da base do Sindicato e receberam todo o apoio de seus representantes sindicais em todas as conquistas relacionadas a seus acordos coletivos de trabalho.

“Nos nove anos em que trabalho na empresa, considero esse o ponto mais alto atingido pela Hemobrás. Outros pontos altos certamente virão, mas esse tem a marca temporal da Hemobrás mostrar ao Brasil que o seu grande potencial começa a ser realizado. E, dentro em breve, o Brasil será totalmente independente na produção de medicamentos à base de plasma (hemoderivados) e sintéticos (recombinantes) que são fornecidos ao SUS. O propósito desenhado na lei que autoriza a criação da Hemobrás será plenamente cumprido em breve”, destacou o trabalhador da Hemobrás, Rodrigo de Lima Ferreira.     

O investimento, que totalizou R$ 1,2 bilhão, representa o maior aporte em biotecnologia na área da saúde no Nordeste brasileiro até o momento. A iniciativa faz parte da estratégia nacional para o desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, com recursos provenientes do Novo PAC.

A Hemobrás trabalha ainda para concluir a implantação da fábrica de hemoderivados (albumina, imunoglobulina, fator VIII e IX) e iniciar a sua operação até 2026. Com isso, o Brasil terá a autonomia na produção deste tipo de medicamentos.

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