Sindsep-PE defende os serviços públicos e um estado brasileiro forte durante Seminário na UFPE

O 30º Seminário Nacional da Segurança das Ifes e EBTTs, que está sendo realizado desde a última segunda-feira (14) e segue até a sexta-feira (18), no Campus Recife da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), conta com o apoio e a participação do Sindsep-PE. Voltado a vigilantes de universidades e instituições de ensino de todo o país, o evento tem como objetivo discutir a conjuntura nacional e internacional, a autonomia universitária, o serviço público, a carreira, a segurança pública, a cidadania, as questões de gênero, os crimes de racismo e intolerância, a terceirização do trabalho e as tecnologias aplicadas à segurança.

Nessa terça-feira (15), a mesa do Seminário, que teve como tema central a conjuntura política do país, contou com a participação do coordenador-geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira. Durante a sua intervenção, José Carlos falou sobre o papel e desafios que estão colocados para os servidores públicos federais, como a defesa dos serviços públicos.

“Precisamos debater, para fora dos muros das instituições públicas, a importância do papel que todas as entidades promotoras dos serviços públicos desempenham junto à sociedade. A população brasileira não sabe a importância de instituições públicas como o Ministério do Trabalho, as universidades federais, o Iphan, o Dnocs e a Sudene, entre tantas outras. Esse esclarecimento precisa ser feito para impedir o avanço das privatizações e do estado mínimo, que prejudica toda a sociedade brasileira”, destacou.

Para José Carlos, um serviço público de baixa qualidade, com poucos investimentos, interfere diretamente na vida de toda a população. Por isso, ele defende um estado brasileiro forte e interventor. “Precisamos somar esforços na defesa permanente de um estado interventor que promova políticas públicas e sociais para atender a população nas suas maiores demandas, contrariando o estado mínimo da direita neoliberal brasileira que abandona as demandas sociais e serve apenas aos interesses da elite dominante. Importante acordarmos para o fato de que vivemos uma luta de classes”, sublinhou.  

O coordenador-geral do Sindsep-PE também falou da importância do uso das redes sociais para a defesa dos serviços públicos. “Precisamos nos familiarizar com um projeto que dialogue com as novas gerações. Precisamos nos apropriar do debate nas redes sociais para multiplicarmos o nosso discurso. No entanto, nada disso adianta se essas redes sociais não forem regulamentadas e não passarem a obedecer a regras claras”, observou.