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Servidores voltaram às ruas no Dia Nacional de Mobilização


No Recife, os servidores promoveram dois atos na praça do Diário, centro da cidade, contra o governo Bolsonaro e pela reposição salarial imediata

Publicado: 16/03/2022


Servidores públicos federais de todo o Brasil paralisaram suas atividades e realizaram atos de rua e intervenções nas redes sociais nesta quarta-feira (16/03). A data marcou o Dia Nacional de Mobilização, Paralisação e Greve dos Serviços Públicos Federais. Na Capital Federal, representantes da categoria se concentraram no Espaço do Servidor e saíram em caminhada até o Ministério da Economia. 

No Recife, houve ato logo pela manhã, na praça do Diário, centro da cidade, contra Bolsonaro e em favor do reajuste salarial dos servidores. Com o tema: Servidores federais estão a pão e água, representantes da categoria lembraram que a jornada de trabalho do presidente é de apenas três horas diárias, enquanto o trabalhador sofre com jornadas exaustivas, com a inflação descontrolada e ainda não recebem salários dignos.

"Como os servidores federais estão, em sua grande maioria, há mais de cinco anos sem reposição salarial, estamos acumulando perdas salariais de até 30%. Ou seja, nossos salários vêm diminuindo. Mas Bolsonaro se nega a negociar. Por isso, tivemos que iniciar esta mobilização que poderá nos levar a uma greve", comentou o secretário-geral do Sindsep-PE, José Felipe Pereira. 

No Recife, os servidores federais ainda se uniram ao ato promovido pelo Fórum dos Sindicatos da Educação Básica de Pernambuco, que aconteceu a partir das 15h, também na praça do Diário.  

A partir desta quarta-feira (16), o governo terá sete dias para atender às reivindicações dos servidores. Caso não haja negociação e fechamento de um acordo até o dia 23 de março, deverá ter início uma greve geral por tempo indeterminado. Os servidores têm até o dia 4 de abril para conquistar a reposição inflacionária. Se não houver correção neste momento, ela só poderá ser feita em 2024, devido a legislação aprovada no ano passado que proíbe a reavaliação de salários em anos de transição de mandatos de governadores e presidentes.

“Nossa luta é urgente. Precisamos fazer todo o tipo de pressão possível para que este governo negocie a nossa reposição salarial imediatamente. A inflação está elevando o preço dos combustíveis, gás de cozinha, alimentos e todos os produtos comercializados neste país. Nosso salário foi corroído ao logo dos últimos anos. Não podemos mais esperar”, comentou o coordenador-geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira.   

Apesar dos mais de cinco anos sem reajuste, os servidores públicos federais lutam por uma reposição inflacionária imediata de 19,99%, referente a inflação de apenas três anos do governo Bolsonaro, pela revogação da Emenda Constitucional 95, que congelou os investimentos públicos por 20 anos, e pelo arquivamento da PEC-32, que pretendia promover o desmonte dos serviços públicos. 

Bolsonaro e seus aliados dizem que não tem recursos. Mas o seu governo destinou, por meio da Lei Orçamentária 2022, R$ 37,6 bilhões para emendas parlamentares, dos quais R$ 16,5 bilhões estão no "orçamento secreto". A Lei também reserva um valor de R$ 1,9 trilhão para o refinanciamento da dívida. Além disso, as contas públicas tiveram um superávit de R$ 64,7 bilhões em 2021. A arrecadação do Governo, em 2021, teve um aumento substancial em comparação com 2020. Houve um incremento de 17,3% na arrecadação de impostos, devido aos constantes reajustes dos combustíveis. Corrigido pela inflação, o valor representa R$ 1,971 trilhão.
 

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