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Servidores precisam ficar atentos para não cair em golpes


Para receber o valor a que teria direito a vítima deveria fazer um depósito antecipado em uma conta bancária. Os que fizeram o depósito, não conseguiram mais falar com os golpistas

Publicado: 20/03/2023


Como já é de conhecimento público, existem milhares de pessoas aplicando golpes ao redor do país. Golpistas se beneficiam da boa fé de outras pessoas para obter vantagens financeiras. E os servidores e servidoras públicas federais estão entre as maiores vítimas. Isso porque os servidores têm diversas ações na Justiça Federal e, geralmente, possuem uma situação financeira melhor do que os trabalhadores desempregados que entram na Justiça do Trabalho. 

“Antes existiam muitos golpes em cima de trabalhadores da iniciativa privada, que ingressavam na Justiça do Trabalho. Mas os golpistas observaram que um trabalhador, quando ingressa na Justiça do Trabalho, geralmente o faz porque ficou desempregado e está em uma situação financeira complicada. Ou seja, não tem nem como tirar dinheiro de uma pessoa assim. Já os servidores e servidoras recebem seus salários todo o mês. Aí os golpistas acabaram migrando para a Justiça Federal”, comentou o advogado de um dos escritórios contratados pelo Sindsep, Cláudio Ferreira.       

Diversos(as) servidores(as) já procuraram o setor jurídico do Sindsep para informar que estão recebendo correspondências em suas residências informando que existem valores a serem resgatados por eles por meio de crédito bancário. Recentemente, uma servidora recebeu mensagens pelo WhatsApp. Depois do contato, vem o golpe: para receber o valor a que teria direito a vítima deveria fazer um depósito antecipado em uma conta bancária. 

No golpe pelo WhatsApp, a servidora teria ganho uma ação de R$ 54.890,54. Mas para receber este valor, ela teria que fazer um PIX para uma conta em um valor de R$ 1.500,00. Segundo o golpista, esse valor seria para que a servidora recebesse o valor integral da ação, sem que houvesse desconto de 27,5% do Imposto de Renda. 

“Os servidores e servidoras ficam entusiasmados com uma notícia dessas e muitos acabam caindo no golpe. Depositam o dinheiro pedido e nunca mais conseguem falar com os golpistas. É muito importante que nossos servidores e servidoras jamais depositem dinheiro algum na conta de um desconhecido. O Sindsep, por exemplo, jamais solicita depósito algum para o desbloqueio de recursos de qualquer ação”, informou o coordenador-geral do Sindsep, José Carlos de Oliveira.

A servidora que recebeu as mensagens pelo WhatsApp não fez o depósito solicitado. Ao invés disso, ela entrou em contato com o setor jurídico do Sindsep para obter informações sobre a ação e recebeu a explicação de que tudo se tratava de um golpe. “Ou seja, ela fez exatamente o que devia ter feito. Ao receber uma mensagem desta por carta ou por telefone, o servidor deve entrar em contato com o setor jurídico do Sindsep. E o ideal é que nem dialogue com o golpista”, comentou o advogado de outro escritório que presta serviço ao Sindsep, Rodrigo Galindo. 

Para se comunicar com o setor Jurídico do Sindsep, deve-se ligar para o telefone 3131-6350 e pedir para falar com o setor. 

Depois que a Internet se popularizou, ficou muito fácil obter dados de quem usa as redes sociais. Ao consultar um processo, os golpistas têm acesso ao nome das pessoas que seriam beneficiadas por ele. O próximo passo é procurar essa pessoa nas redes sociais. Desta forma, consegue-se obter diversos dados pessoais da vítima e de seus familiares, como endereços e números de telefones. 

Quando o golpe é dado por carta, um comunicado é falsificado como se fosse um documento oficial de um órgão da Justiça Federal. Na carta também constam os nomes e telefones dos advogados que seriam os responsáveis pelo processo. Ao ligar, o servidor é atendido por um ou uma golpista. 

“Os escritórios que prestam serviço ao Sindsep-PE jamais mandam cartas ou mensagens por telefone para os servidores e servidoras. As cartas são enviadas diretamente pelo Sindsep. Mas jamais existe qualquer menção a depósito de qualquer quantia para liberação de recursos. E todos os golpes se baseiam exatamente nisso”, concluiu Rodrigo Galindo.  
 

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