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Servidores exigem reposição linear das suas perdas salariais


Enquanto reservou apenas R$ 1,7 bilhão para a reposição dos servidores federais, Bolsonaro garantiu R$ 37,6 bilhões para emendas parlamentares, dos quais R$ 16,5 bilhões estão no "orçamento secreto"

Publicado: 04/02/2022


Os servidores públicos federais brasileiros exigem reposição linear das suas perdas salariais imediatamente. Os representantes dos trabalhadores estão mobilizados em torno da reposição do índice da inflação dos três anos de Bolsonaro, que é de 19,99%. Mas o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), reafirmou o que foi dito pelo presidente Bolsonaro ao defender que a reposição seja concedida apenas para os “policiais”.  

No último mês de dezembro, Bolsonaro já havia afirmado que a reposição seria concedida apenas a três categorias (Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e o Departamento Penitenciário Nacional). Segundo Ricardo Barros, o governo não teria recursos para todos os servidores. 

"As categorias a serem beneficiadas são da área de segurança pública. Os sindicatos dos servidores públicos precisam se entender. Aumento linear para todos não haverá, são R$ 3 bilhões para cada 1% de aumento para o servidor público", disse o parlamentar na abertura do ano legislativo, na Câmara. “Não temos esse recurso no Orçamento. Alguns podem receber e outros não. Todos são contra e ninguém recebe nada, é simples assim", acrescentou.

Ao sancionar a Lei Orçamentária de 2022, o governo Bolsonaro cortou quase R$ 1 bilhão do INSS, R$ 740 milhões da educação e reservou apenas R$ 1,7 bilhão para reposição de perdas inflacionárias de uma ínfima parcela de servidores. Hoje, o Brasil possui 1,257 milhão de servidores federais. 

Por um outro lado, a Lei Orçamentária garante R$ 37,6 bilhões para emendas parlamentares, dos quais R$ 16,5 bilhões estão no "orçamento secreto". A Lei também reserva um valor de R$ 1,9 trilhão para o refinanciamento da dívida (banqueiros). Para além disso, a arrecadação do Governo teve um aumento. Em comparação com 2020, houve um aumento na arrecadação de impostos de 17,3%, devido aos constantes reajustes dos combustíveis. Corrigido pela inflação, o valor representa R$ 1,971 trilhão, no ano anterior, a arrecadação foi de R$ 1,679 trilhão. 

Ou seja, Bolsonaro não promove a reposição inflacionária dos servidores apenas se não quiser. A Condsef/Fenadsef e outras entidades nacionais do funcionalismo lutam pela reposição salarial.

“Isso é um absurdo. Claro que o governo tem recursos para a reposição. Eles só não querem conceder porque desvalorizam os trabalhadores brasileiros responsáveis por prestar serviço para toda a população deste país. Mas como eles também estão pouco se lixando para a população, querem acabar com os serviços públicos. Por isso, a nossa união é fundamental. Precisamos estar atentos e participarmos de todas as mobilizações nas ruas e nas redes sociais”, comentou o diretor de Finanças, Fernando Lima. 

Com o objetivo de enganar os servidores públicos devido ao ano da eleição, Bolsonaro afirmou que o governo terá condições de promover a reposição apenas em 2023. O governo está estudando um reajuste do auxilio alimentação como forma de calar a pressão dos servidores. A iniciativa exclui os aposentados de uma reposição salarial justa e linear. “Esse presidente é muita cara de pau e acha que somos idiotas. Ninguém acredita mais em Bolsonaro. Ele afirma isso porque quer os votos dos servidores agora em 2022. Se por um acaso ele fosse reeleito, concederia zero de reposição. Mas isso não irá acontecer. Bolsonaro será banido da política brasileira”, comentou Fernando Lima.   
 

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