Servidores do Incra Recife realizam paralisação de 24h

Ascom Sindsep 

Para pressionar o governo e conseguir um reajuste melhor do que os 21,3% que foram oferecidos, divididos em quatro anos, os servidores do Incra Recife realizam uma mobilização durante todo o dia de hoje. As atividades estão paralisadas e os trabalhadores se encontram no piquete de greve montado na frente do órgão. No local, também foram erguidas faixas para explicar à sociedade os motivos do protesto.

A mobilização teve início com um café da manhã e segue durante todo o dia. A mobilização no Incra ocorre também em outros estados. Assim como Recife também paralisaram, por 24 horas, as superintendências do órgão no Distrito Federal, São Paulo, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Pará, Acre, Piauí e Rio Grande do Norte.

Em Recife, os servidores decidiram aderir a paralisação nacional na última segunda-feira, dia 31, em assembleia realizada pelo Sindsep-PE. "Essa é a reta final. Momento decisivo. Queremos melhorar essa proposta do governo. Esses 21,3% é um suicídio", alerta o servidor do Incra e diretor da Assincra, Renato Farias Maciel. Para ele, o índice representa arrocho salarial, até porque os 21,3% é o índice acumulado, o percentual real é 19,25% (5,5% para 2016; 5% para 2017; 4,75% para 2018; e 4% para 2019).

A diretora da CUT-PE e servidora do Incra, Vilma Maria, desabafa: "Estou preocupada com os aposentados. Se o reajuste é ruim para os ativos, torna-se pior ainda para eles. São sempre os mais sacrificados", dispara ela, que também é aposentada.  Além disso, até o momento o governo não deixou claro onde irá incidir o percentual de reajuste, se no vencimento básico ou na gratificação de desempenho.

Presente no piquete, a coordenadora geral do Sindsep-PE, Graça Oliveira, lembrou que na próxima terça-feira (08) tem Assembleia Geral para decidir sobre o reajuste oferecido. “A decisão final será da base”, destacou a sindicalista.