Servidores do Agreste, Zona da Mata e Sertão participam da 1ª etapa do Seminário de Formação

O Sindsep-PE deu início, nesta quinta-feira, 16 de agosto, ao processo de formação dos representantes sindicais de base (RSB). Até o próximo sábado (18), servidores federais no Agreste, Zona da Mata e Sertão participam da primeira etapa desse processo, que, dentre outras coisas, terão a missão de fazer um trabalho de mobilização no local de trabalho e serão a ponte entre o Sindsep e a base. Na próxima semana, outros dois seminários acontecem para atender os servidores da Região Metropolitana do Recife (RMR). As atividades acontecem no Hotel Asa Branca, em Belo Jardim.

O seminário é uma demanda antiga do Sindsep e vem para suprir uma necessidade de contribuir com a formação de servidores que tenham interesse em ser representante de base e formar novas lideranças sindicais. Após essa primeira etapa, o sindicato vai preparar a eleição dos delegados de base da entidade e, na sequência, recompor seu Conselho Deliberativo com os eleitos. “Objetivo é capacitar essas pessoas para elas serem representantes de base. Por isso, elas precisam saber o que é um representante de base e também identi-ficar se elas têm esse perfil ou não. É um trabalho inicial que busca a reorganização da base. A partir do momento que você faz o diálogo, traz as pessoas, informa e forma, aí você consegue desenvolver algumas ações que são importantes para essa reorganização”, explica a diretora de Formação do Sindsep-PE, Elna Melo.

Nos seminários, serão realizadas dinâmicas de grupo e individual, com um conteúdo que perpassa temas que fazem parte do dia dia dos servidores e do serviço público, como o sucateamento do setor – intensificado com a Emenda Constitucional 95 -, as relações de trabalho e as novas tecnologias. Os participantes também terão a oportunidade de conhecer a história da luta dos trabalhadores, a importância da mobilização e da organização sindical e ainda o papel da CUT, da Condsef/Fenadsef e do Sindsep-PE.

“Estamos precisando muito que as pessoas despertem para esse processo formativo. Ele é um processo, não uma coisa estanque, um único momento. As pessoas precisam continuar lendo e observando o que está acontecendo, para estimular uma formulação crítica. Você pode lê uma revista Veja, mas precisa lê um contraponto dessa revista. Tem que estimular o senso crítico. Pa-ra saber que o que você está lendo ali é uma inverdade, você precisa ter o con-traponto e a entidade sindical pode ser esse contraponto, estimulando as pes-soas a ler mais a página do sindicato, o jornal... Acho que isso facilita muito o estabelecimento e a manutenção desse diálogo”, destaca Elna.

Na abertura do seminário, o coordenador geral do Sindsep-PE, José Carlos Oliveira, chamou atenção para o cenário político desfavorável para a classe trabalhadora como um todo e para o servidor público em particular. Ele lem-brou a importância desse processo de formação, destacando a recomposição do Conselho Deliberativo do sindicato, formado pelos delegados de base e pela direção administrativa da entidade. Des-tacou também que a atividade vem para reaproximar o Sindsep de suas bases. 

“Temos que reforçar a necessidade da presença do sindicato na base e o representante sindical é a nossa proposta de organização nos locais de trabalho. Ele vivencia as aflições estabelecidas nas especificidades em cada órgão federal e vão trazer essa demanda para que a direção atue enquanto entidade sindical. Então, é de suma importância essa formação, principalmente em um momento tão difícil para toda a classe trabalhadora. É necessário está dialogando com as pessoas e dar res-postas aos desafios que interessam aos trabalhadores”, salienta José Carlos.

O secretário geral do Sindsep, José Felipe, também ressaltou a importância do seminário de formação dos representantes sindicais. “Além de estarmos cumprindo nosso estatuto ao recompor o Conselho Deliberativo, esse seminário tem um papel político de o Sindsep fazer formação de forma continuada, onde as pessoas estão se atualizando daquilo que a sociedade discute, e serem partícipes, vivas dentro de um processo. Essas pessoas quando saem daqui se tornam multiplicadoras nos seus locais de trabalho e dentro de sua comunidade”.