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Servidores devem se unir e parar os serviços públicos em 9 de março


Neste mês de fevereiro, serão realizados fóruns estaduais com os sindicatos que fazem parte da Condsef/Fenadsef, para que eles organizem as assembleias nos locais de trabalho e no final do mês definam o indicativo de greve para o dia 9 de março

Publicado: 22/02/2022



Os servidores públicos federais precisam se unir em torno da mobilização para parar os serviços públicos brasileiros no próximo dia 9 de março. Em evento na presença de policiais rodoviários federais, na última segunda-feira (21), o presidente Jair Bolsonaro voltou a afirmar que esses servidores deverão ter “reajuste salarial neste ano” e disse esperar a compreensão dos demais servidores no Brasil. Ou seja, Bolsonaro continua se negando a negociar a reposição inflacionária de 19,99%, correspondente à inflação de três anos do seu governo, para os demais servidores.

No último mês de dezembro, o presidente já havia afirmado que concederia a reposição inflacionária apenas para os servidores da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e do Departamento Penitenciário Nacional. Mas porque Bolsonaro quer atender apenas a essas áreas quando o Brasil possui 1,257 milhão de servidores federais de diversas áreas que estão, em sua maioria, sem receber reajuste há cinco anos? 

“Bolsonaro está ameaçado de perder as próximas eleições presidenciais e está dando todos os sinais de que não irá aceitar o resultado. Desde o início do seu governo ele tenta atender as demandas dos policiais federais e dos integrantes das forças armadas para que apoiem as suas bizarrices. Mas não será desta forma que Bolsonaro se manterá no poder. Vamos tirar este senhor do lugar que ele jamais deveria ter ocupado”, comentou o coordenador-geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira. 

Neste mês de fevereiro, serão realizados fóruns estaduais com os sindicatos que fazem parte da Condsef/Fenadsef, para que eles organizem as assembleias nos locais de trabalho e no final do mês definam o indicativo de greve para o dia 9 de março.

A Lei Orçamentária de 2022 prevê apenas R$ 1,7 bilhão para o reajuste dos servidores. É evidente que este valor não é o suficiente para atender a todos os trabalhadores das diversas áreas. Mas a mesma Lei Orçamentária de 2022 destinou R$ 37,6 bilhões para emendas parlamentares, dos quais R$ 16,5 bilhões estão no "orçamento secreto", e reservou um valor de R$ 1,9 trilhão para o refinanciamento da dívida (banqueiros).  

Na última segunda-feira, os grandes jornais brasileiros chegaram a divulgar a informação de que o governo estaria avaliando conceder um reajuste linear de apenas R$ 400 para todos os servidores da União em 2022. Antes foi noticiado que o governo pensou em substituir o aumento salarial pelo reajuste dos benefícios, como vale transporte e alimentação. Mas nada disso deve ser levado em consideração. Primeiro porque, em nenhum momento, o governo iniciou o processo de negociação. Segundo, porque um reajuste de apenas R$ 400 não cobre nem a inflação de 2021, que foi de 10,06%. E, além de deixar os aposentados de fora, o reajuste de benefícios é uma afronta para quem vem se dedicando ao serviço público e não tem o seu valor reconhecido. 

“Precisamos nos unir e forçar o governo a negociar. Do contrário, iremos parar no próximo dia 9 de março", destacou José Carlos.
 

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