Servidores da Funasa promovem força tarefa em semana decisiva

Uma força tarefa com servidores da Funasa está em Brasília para uma semana intensiva de diálogos com parlamentares no Congresso Nacional contra a extinção e pela reestruturação do órgão. O Sindsep-PE enviou a servidora pernambucana, Simone Diniz, para participar da ação. 

Inicialmente, a extinção da Funasa estava prevista na MP 1156. Como esta MP não foi votada em tempo hábil e iria caducar, os parlamentares incluíram a extinção da Fundação no artigo 70 da MP 1154, que redesenhou a Esplanada e o organograma do governo. A MP-1154 deverá ir ao Plenário da Câmara até o próximo dia 01 de junho.

Mas os trabalhadores da Funasa seguirão na luta até o último minuto. A categoria e seus representantes não irão desistir de defender uma instituição que presta relevantes serviços às populações desassistidas que habitam especialmente as áreas rurais do Brasil. 

"Estamos fazendo de tudo para evitar este erro. Já fizemos vários atos em Brasília e nos estados. Participamos de audiências no Congresso e estamos sempre dialogando com os parlamentares. A Funasa é um patrimônio do povo brasileiro", destacou o secretário-geral do Sindsep-PE, José Felipe Pereira.  

Uma carta será entregue a deputados e senadores na tentativa de combater as fake news que tentam justificar o fim da Funasa. O órgão, ao contrário do que a MP que propõe sua extinção diz, não possui baixa execução. Mesmo com um profundo desmonte e seu último concurso tendo acontecido em 2009, no período de 2010 a 2022, a Funasa promoveu a execução plena de um volume orçamentário de R$2,94 bilhões, o que corresponde a 94,5% se comparado aos R$3,11 bilhões aprovados em Lei e Créditos Adicionais. 

Falar em baixa execução é "um acinte à inteligência e ao respeito aos abnegados servidores que restam na instituição FUNASA", destaca a carta aos parlamentares.

Em Pernambuco a Funasa atende a maioria dos municípios. Com a MP de extinção já deixaram de ser atendidos, somente no ano de 2023, 102 municípios da região do semiárido, que receberiam a implantação de 9.280 Cisternas. Não serão implantados trezentos e cinquenta sistemas simplificados de abastecimento de água por construção ou recuperação de poços tubulares e ainda, cento e onze Convênios estão paralisados nas áreas de Educação em Saúde Ambiental e Saneamento.

Os servidores reivindicam que os parlamentares observem que questões de ordem pessoal não podem e nem devem ser transformadas em Ação de Governo, extinguindo uma Instituição de grande capilaridade que leva água tratada para as populações desassistidas que habitam nas localidades das áreas rurais do Brasil.