Servidoras e servidores da cultura terão assembleia nesta sexta(21)

A situação das servidoras e servidores brasileiros da área cultural continua muito delicada. A mobilização de 2024, que contou com três dias de paralisação das trabalhadoras e trabalhadores, não solucionou as demandas da categoria. Agora, chegou a hora de unir todas e todos novamente em torno da pauta da cultura.

E o Sindsep-PE irá promover uma Assembleia Geral Extraordinária, voltada para todas(os) as(os) servidoras(es) públicas(os) federais pernambucanas(os) do Ministério da Cultura, já no próximo dia 21 de fevereiro. O encontro acontecerá em formato híbrido, a partir das 13h30, na sede do Iphan e através da plataforma Zoom (o link será encaminhado no dia da Assembleia). Veja o edital acima.

Durante a Assembleia, haverá eleição das(os) delegadas(os) para participação no Encontro Nacional da Cultura, que acontecerá nos próximos dias 11 e 12 de março. Na ocasião, serão debatidas as possibilidades de novas paralisações nacionais, já no próximo mês de março, depois do Carnaval.

A queda do forro da Igreja de São Francisco de Assis, em Salvador, no último dia 5 de fevereiro, com uma vítima fatal e seis feridos, é um reflexo da falta de investimentos no setor. O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) tem se negado a abrir um diálogo para negociar uma proposta de carreira que foi entregue à ministra Esther Dweck, em agosto do ano passado, pela ministra da Cultura, Margareth Menezes.

Além disso, o histórico de desmonte da Cultura tem levado a uma evasão cada vez maior de pessoal, afetando o trabalho da categoria que já acumula intensa sobrecarga.

As servidoras e servidores da área cultural lutam pelo fortalecimento da força de trabalho do setor público da cultura, pela consolidação do Plano de Carreira da Cultura (PCCULT) que possa valorizar o preparo técnico, formação, experiência e o notório saber e conhecimentos tradicionais, além de melhorias nas condições de trabalho em todo o setor.

“Precisamos que o MGI avance com o processo e aprove o Plano de Carreira da Cultura. Que, inclusive, é um plano de governo. Foi elaborado pelo governo com a participação de servidores e entregue ao MGI por nossa ministra da Cultura”, comentou a servidora do Iphan, Mônica Odòmilayé Nogueira.