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Servidor não deve aderir ao PDV do governo golpista para não se arrepender no fututo


A população, que via a necessidade de mais investimento em saúde, educação, segurança pública, moradia, ciência e tecnologia e na melhoria do atendimento em órgãos públicos, será mais uma vez golpeada

Publicado: 27/07/2017

Da Ascom Sindsep-PE

E o governo golpista de Michel Temer continua empenhado em sua tarefa de arruinar o Brasil e deixá-lo a mercê dos exploradores nacionais e internacionais. Depois de aprovar a PEC do Fim do Mundo, que impossibilita investimentos no setor público por 20 anos, a Reforma Trabalhista, retirando diversos direitos dos trabalhadores, a venda de terras a estrangeiros e o fim do Pré-sal, o governo lança um Programa de Demissão Voluntária (PDV) para os servidores federais da administração direta, autarquias e fundações.

O PDV visa reduzir o número de servidores federais em um momento que os investimentos no setor também estão sendo cortados. Ou seja, a população, que via a necessidade de mais investimento em saúde, educação, segurança pública, moradia, ciência e tecnologia e na melhoria do atendimento em órgãos públicos, será mais uma vez golpeada. Com menos investimento em serviços públicos, o Governo abre espaço para a iniciativa privada explorar as mais diversas áreas. Mas isso acontecerá apenas se os servidores aderirem ao Programa. 

O Governo do golpe quer convencer cinco mil funcionários a deixarem a administração pública. O número é o mesmo da última vez em que o Planalto lançou mão do expediente, quando Fernando Henrique Cardoso (PSDB) comandava o país na década de 1990.

O Sindsep-PE desaconselha qualquer movimento nesse sentido. Todos os servidores que aderiram a programas de demissão voluntária, no passado, se arrependeram amargamente e até hoje tentam rever seus empregos. A simples menção da sigla PDV causa arrepios em centenas de pessoas que perderam tudo após acreditar na promessa de que teriam crédito para buscar novos horizontes profissionais. 

“Isso é um absurdo. Eles vão tentar iludir as pessoas novamente, como fizeram na década de 90. Os trabalhadores só descobriram que era uma manobra contra eles e contra o serviço público depois que perderam seus empregos. Vamos percorrer os órgãos e falar com todos os servidores. Não iremos deixar esse governo enganar ninguém”, comentou a coordenadora geral do Sindsep-PE, Graça Oliveira. 

O Sindsep irá preparar um calendário de visitas aos órgãos públicos para falar com os servidores sobre o assunto.

Importante destacar ainda que o Brasil passa por um momento ímpar em sua história, com o maior  índice  de desemprego das ultimas duas décadas. São mais de 14 milhões de desempregados. Diante de tal cenário, os servidores não podem se arriscar a largar o emprego. Há uma atmosfera de insegurança e falta de perspectivas. Por que as pessoas entrariam no programa e migrariam para a iniciativa privada com tanto desemprego? 

REDUÇÃO DE SALÁRIOS 

A medida provisória prevê, ainda, que o servidor poderá optar por redução da jornada de trabalho de 8 horas diárias e 40 horas semanais para 6 horas diárias e 30 horas semanais ou 4 horas diárias e 20 horas semanais. Nesses casos, a remuneração também será reduzida proporcionalmente as horas. O Programa institui também a licença sem remuneração, com duração de três anos consecutivos, prorrogáveis por mais três (não será possível interromper a licença). 

“A CUT defende a redução da jornada de trabalho sem a redução de salários, o que tem levado a uma melhor qualidade de vida do trabalhador e a uma maior geração de emprego em outros países do mundo. Mas esse governo está mais uma vez na contramão da história”, concluiu Graça. 
 

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