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Seminário do Conselho Nacional de Saúde discute futuro do SUS


O secretário geral do Sindsep-PE, José Felipe Pereira (FOTO), que compõe os conselhos Estadual e Municipal de Saúde do Recife, participou como delegado e conta as principais discussões ocorridas no evento

Publicado: 29/08/2022
Escrito por: Ascom Sindsep-PE

Em um dos momentos mais delicados da saúde pública brasileira, com ataques constantes do governo Bolsonaro, foi realizado pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), em Brasília, o Seminário Nacional da Comissão Intersetorial de Orçamento e Financiamento (Cofin) “Desafios do Financiamento do SUS: Dilemas e Perspectivas”. O secretário geral do Sindsep-PE, José Felipe Pereira (FOTO), que compõe os conselhos Estadual e Municipal de Saúde do Recife, participou como delegado e vai contar a seguir as principais discussões ocorridas no evento.

José Felipe Pereira explica que, embora o Sistema Único de Saúde (SUS) tenha sido fundamental para enfrentar a pandemia de Covid-19 no Brasil, ele sofre sérios problemas de financiamento e só nos últimos três anos perdeu aproximadamente R$ 36,9 bilhões. Ele esclarece que, ao contrário do que boa parte dos brasileiros acredita, o SUS não é apenas a rede médica hospitalar. “Você tem o SUS no alimento que chega aos restaurantes, na água que bebe, no combate a vetores de propagação de doenças, como o Aedes aegypti (o mosquito da dengue)”, detalha o sindicalista.

O secretário geral do Sindsep conta também que além de escassos, hoje, boa parte dos recursos do SUS são destinados à rede complementar (particular). E mais, por conta da Emenda Constitucional (EC) 95/16, o conhecido “Teto de gastos”, o governo federal tem onerado os estados e municípios. No passado, 60% do sistema era financiado pela União e 40% pelos estados e municípios, hoje é o contrário.
 
Os delegados que estavam presentes no seminário, em Brasília, reivindicaram o aumento dos recursos do Produto Interno Bruto (PIB) para a saúde. Hoje, apenas 3% do montante é destinado. A ideia é que esse percentual fique em torno de 5 a 6%.
Diante das eleições, os delegados presentes no seminário aprovaram a produção de uma carta a ser entregue aos presidenciáveis, que também foram convidados a participar do evento. O candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), não foi ao evento e nem enviou representante. “Isso mostra o total descaso do presidente da República com o SUS e a saúde pública do Brasil”, disse, indignado, José Felipe Pereira.
 
A carta aos presidenciáveis deve solicitar a revogação da EC 95 e mais recursos para o SUS. Assim que o documento estiver pronto será amplamente divulgado pelos canais de comunicação do Sindsep-PE.
 
 
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