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Redes sociais revelam o quanto ainda é preciso lutar pela eliminação da discriminação racial no Brasil


Protegidos por um anonimato que a rede de computadores pode proporcionar, muitos encontram espaço e a coragem que faltaria para disseminar discursos de ódio que revelam o racismo em diversos graus

Publicado: 24/03/2015
Escrito por: Condsef

Publicado pela Condsef 

O último sábado, 21, marcou o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial. A data foi criada pela ONU (Organização das Nações Unidas) em referência e memória a vítimas de um massacre ocorrido em 1960, em Joanesburgo, na África do Sul. Especialmente no Brasil este é um tema que precisa ser debatido com frequência. Por conviver com a prática de racismos velados, a luta por direitos iguais torna-se complexa.

Ignorando o sofrimento histórico imposto aos negros no Brasil não conseguiremos consolidar um país com direitos iguais. O exercício de observação das redes sociais nos revela o quanto ainda é preciso lutar e debater para assegurar um país de fato livre de pensamentos preconceituosos.

Protegidos por um anonimato que a rede de computadores pode proporcionar, muitos encontram espaço e a coragem que faltaria para disseminar discursos de ódio que revelam o racismo em diversos graus. Mas não só em perfis anônimos se esconde o problema que desde 2006, graças a um projeto de Lei do senador Paulo Paim, prevê punição para crimes de discriminação divulgados via internet.

O discurso do racismo se propaga nas redes até mesmo com o reforço e conivência de quem vive a realidade desse preconceito, tão grave é o problema. Reforçar os discursos de ódio dificulta uma luta que ainda é difícil e requer mudanças profundas no comportamento de toda a sociedade.

Nesse domingo, 22, o site Diário do Centro do Mundo publicou um artigo (VEJA AQUI) do jornalista Marcos Sacramento. O texto revela um comportamento perigoso que coloca até mesmo quem vive o problema do racismo a questionar políticas que tentam equalizar a questão que impõem à comunidade negra até hoje retrocessos sociais.

São questionamentos que precisam ser feitos para que esses problemas não inviabilizem uma sociedade onde todos sejam tratados, de fato, como iguais. É preciso ter em mente que ainda há muito contra o que lutar e para isso é necessário atitude. Sem esta atitude, dificilmente passos significativos serão dados em direção à democratização das raças e conquista de iguais oportunidades.

Para alcançar progressos, é necessário assumir uma postura intolerante diante de qualquer manifestação de racismo. Os radares devem estar ligados, pois o racismo está à espreita, no virar de uma esquina. É preciso discutir mais e abertamente o tema, ouvir quem vive a realidade do racismo no dia-a-dia. Nesses espaços de livre pensamento o racismo deve ser tratado em suas diversas variações, por conta da raça, orientação sexual, gênero, inclusive idade.



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