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Preços sobem descontroladamente, junto com desemprego e fome


Segundo pesquisa do Dieese, no mês de janeiro, o valor dos alimentos básicos aumentou em 16 das 17 capitais onde é realizada a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos

Publicado: 14/02/2022


Os preços dos alimentos  continuam subindo descontroladamente no Brasil governado por Jair Bolsonaro. Segundo pesquisa do Dieese, no mês de janeiro, o valor dos alimentos básicos aumentou em 16 das 17 capitais onde é realizada a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. As altas mais expressivas ocorreram em Brasília (6,36%), Aracaju (6,23%), João Pessoa (5,45%), Fortaleza (4,89%) e Goiânia (4,63%). 

Levando-se em consideração o valor da cesta nos últimos 12 meses, ou seja, entre de janeiro de 2022 e os de janeiro de 2021, as maiores altas acumuladas ocorreram nas cidades de Natal (21,25%), Recife (14,52%), João Pessoa (14,15%) e Campo Grande (14,08%). 

“Verificamos, com esses dados, o quanto o atual governo tem sido incompetente ao assumir o papel de estado mínimo na área social. Prover a alimentação como elemento indispensável à sobrevivência da população, inclusive nesses tempos de pandemia e de alta de desemprego, é indispensável para que os brasileiros e brasileiras superem a situação de vulnerabilidade em que se encontram”, comentou a diretora do Sindsep, do Dieese, da CUT e Condsef, Elna Melo.  

São Paulo foi a capital onde a cesta apresentou o maior custo (R$ 713,86), seguida por Florianópolis (R$ 695,59), Rio de Janeiro (R$ 692,83), Vitória (R$ 677,54) e Porto Alegre (R$ 673,00). Em Recife, o valor da cesta, em janeiro, foi de R$ 543,10.

O aumento da cesta básica está diretamente ligado ao fechamento dos Armazéns da Conab. De acordo com levantamento do Dieese, foram fechados 27 armazéns da Companhia, que era responsável pelos estoques é a principal compradora de produtos da agricultura familiar. Além da política de estoques reguladores de preços, que foi praticamente abandonada nos governos Temer e Bolsonaro, os recursos para agricultura familiar despencaram aumentando a fome no Brasil. 

Passagens de ônibus

Para além do aumento do preço dos alimentos, as passagens de ônibus no Grande Recife tiveram um novo reajuste. O Conselho Superior de Transporte Metropolitano aprovou, na última sexta-feira (11), o aumento médio de 9,69% das passagens. Com isso, o valor cobrado pelo anel A, o mais utilizado, vai de R$ 3,75 para R$ 4,10, e o do anel B, de R$ 5,10 para R$ 5,60.

Salário mínimo

Segundo estimativa do Dieese, em janeiro de 2022, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 5.997,14 ou 4,95 vezes o valor atual do mínimo, que é de R$ 1.212,00. Em dezembro de 2021, quando o piso nacional equivalia a R$ 1.100,00, o mínimo necessário calculado pelo Dieese ficou em R$ 5.800,98 ou 5,27 vezes o piso em vigor. 

Segundo a Constituição, o salário mínimo deveria ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. Mas o atual salário não consegue dar conta de grande parte dessas necessidades. 

Desemprego e fome

Para além dos que ganham muito abaixo de suas necessidades, existe um número cada vez maior de brasileiros que estão desempregados. A taxa de desemprego no país é a 4ª maior entre as principais economias do mundo, sendo mais que o dobro da taxa média global. No final de 2021, o Brasil possuía 13,7 milhões de desempregados (13,4% dos trabalhadores). A estimativa para 2022 é de uma taxa de 13%. Uma pequena redução graças a superação da pior fase da pandemia do novo coronavírus, mas que não trará nenhum alívio para a população. “É uma redução muito pequena que expõe a incompetência do presidente e da equipe econômica deste governo.

Caso eles tivessem tomado medidas sérias de combate a Covid-19 e de proteção à economia, estaríamos em uma situação bem mais confortável”, comentou o coordenador-geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira.  Dados divulgados em 2021, pela Rede Penssan, apontaram que o Brasil tem, pelo menos, 19 milhões de pessoas passando fome. Além dessas pessoas, 55% das famílias estão em insegurança alimentar – sem acesso regular e permanente a alimentos.
 

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