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Pela reforma agrária, MST realiza ações por diversos estados


Ao menos nove rodovias estão bloqueadas na Paraíba. Fazendas também foram ocupadas por dezenas de famílias em Mato Grosso e no Paraná

Publicado: 24/08/2015

Publicado pelo Brasil de Fato

Cobrando do governo federal medidas efetivas para a reforma agrária no país, centenas de famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizam diversas ações pelo país, nesta segunda-feira (24). Ao menos nove rodovias estão bloqueadas na Paraíba e duas fazendas foram ocupadas no Mato Grosso e no Paraná.

Na Paraíba, participam da ação cerca de 1.500 sem-terra. Segundo Juliane Carneiro, da direção estadual do MST, as ações são para exigir o assentamento imediato das mais de 3.200 famílias que vivem em acampamentos no estado.

"Essa ações são para chamar a atenção do governo do estado para as famílias assentadas e acampadas. Além disso, estamos nas ruas para demonstrar nosso descontentamento com o corte de metade da verba destinada à reforma agrária no país", disse Juliane.

Os bloqueios acontecem nos quilômetros 38 e 452 da BR-230, em Santa Rita e Sousa; no 108 da BR-101, em Alhandra; no 128 da BR 412, em Monteiro; na altura do quilômetro 70 da BR 361, em Olho d'Água; no quilômetro 250 da BR 230, em Juazeirinho; e na altura de Bayeux, da BR 230.

Ocupações

A segunda-feira também começou com manifestações do MST no Paraná, onde cerca de 150 famílias ocuparam a Fazenda Capão Cipó, no município de Castro, região dos Campos Gerais. Segundo a coordenação do movimento, as terras em que estão instaladas a Fundação ABC são de propriedade da União e, desde 30 de abril de 2014, aguarda a reintegração de posse.

A ocupação da área pretende exigir do governo federal avanços na reforma agrária, a qual estaria “completamente paralisada”, segundo os sem-terra. “As terras da Fundação ABC são de propriedade da União. Por isso, chamamos atenção desse governo que faz parcerias com a iniciativa privada e não avança na reforma agrária”, disse, em nota, a coordenação estadual do movimento.

No Mato Grosso, um dos estados com maior índice de concentração fundiária, os sem-terra ocuparam a Fazenda Vila Rica, no município de Rondonópolis, a 200 km de Cuiabá. Segundo o MST, além de ser improdutiva, a área está sob investigação por suspeita de grilagem.

De acordo com Idalice Rodrigues Nunes, da direção estadual do MST, os acampados foram ameaçados pelo dono da fazenda, que chegou acompanhado pela Polícia por volta das 6h no local.

"O proprietário do terreno fez ameaças diretas a todos nós. Os policiais tentaram contê-lo, mas, ainda assim, as ameaças persistiram. Ele se recusou a dizer seu nome, nossa intenção era realizar um boletim de ocorrência para registrar o fato. De todo modo, já entramos em contato com a Secretaria de Direitos Humanos do estado para nos resguardar e, neste momento, estamos colhendo mais informações sobre o autor das ameaças", contou.

Segundo o MST, a mobilização ocorre para evidenciar a luta pela reforma agrária no estado e, em defesa do meio ambiente e da vida, continuarão se mobilizando em todo o estado e no Brasil.

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