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Os 30 dias do (des)governo Temer


O balanço do primeiro mês do governo provisório

Publicado: 10/06/2016
Escrito por: Ascom Sindsep-PE

Há exato um mês, o Senado Federal aprovava o afastamento da presidenta Dilma Rousseff por 180 dias. O balanço que se faz desses 30 dias de governo provisório é o pior possível. Uma das primeiras medidas de Michel Temer foi a extinção dos ministérios da Previdência, do Desenvolvimento Agrário e da Cultura e da Controladoria Geral da União. Depois da reação contra o fim da Cultura e da pressão da classe artística, Temer voltou atrás e recriou a pasta. Ele também fundiu Ciência e Tecnologia com o Ministério das Comunicações. Na esteira dos ajustes administrativos, já anunciou a reforma da Previdência, colocando, entre outros pontos, a idade mínima para aposentadoria de 65 anos. O presidente interino ignorou a legislação e exonerou o presidente da EBC, Ricardo Melo, que tinha o mandato de quatro anos.

Na área social, Michel Temer bloqueou a construção de 25 mil casas populares e  revogou 2 milhões de moradias, cuja construção geraria investimento de R$ 210,6 bilhões. Nesse 30 dias, a gestão Temer anunciou o corte de pelo menos 10 mil médicos estrangeiros do programa Mais Médicos e enviou ao Congresso o projeto que acaba com os percentuais mínimos estabelecidos pela Constituição para a Educação e a Saúde. O governo provisório também está marcado pela corrupção. Dos 23 ministros anunciados no primeiro momento, pelo menos sete estão sendo investigados pela Operação Lava Jato. Dois deles já caíram:  Romero Jucá (Planejamento) e Fabiano Silveira (Transparência).

Como se vê, o primeiro mês de governo provisório foi uma tragédia para o Brasil e para a população mais carente. Uma verdadeira volta ao passado, depois de mais de uma década de um projeto que tinha como prioridade o investimento em políticas sociais. A única forma de reverter esse quadro é ocupar as ruas e pressionar o Senado Federal a votar contra o afastamento definitivo de Dilma Rousseff. Só assim a jovem democracia brasileira pode voltar à normalidade e seguir o rumo da história.

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