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ONU condena atentado homofóbico em Orlando e pede mais controle de armas nos Estados Unidos


Conselho de Segurança das Nações Unidas condenou, fortemente, o ataque terrorista que envolveu o alvejamento de vítimas em função de sua orientação sexual

Publicado: 15/06/2016
Escrito por: ONU no Brasil

Os Estados Unidos precisam implementar medidas robustas de controle de armas de fogo para evitar ataques violentos no país, alertou nesta terça-feira (14) o alto comissário de Direitos Humanos da ONU, Zeid Ra’ad Al Hussein, em comunicado emitido dois dias após atentado em Orlando, na Flórida, onde 49 pessoas morreram e 53 ficaram feridas em um tiroteio em massa.

“É difícil encontrar uma justificativa racional que explique a facilidade com que civis compram armas de fogo, incluindo rifles, apesar de antecedentes criminais, do uso de drogas, históricos de (evolvimento em) violência doméstica, doenças mentais ou contato direto com extremistas – nacionais e estrangeiros”, afirmou o dirigente.

“Quantas mais mortes em massa de crianças em idade escolar, de colegas de trabalho, de fiéis afro-americanos; quantos mais tiroteios individuais de músicos talentosos, como Christina Grimmie, ou políticos, como Gabrielle Giffords, vão ocorrer até que os Estados Unidos adotem uma robusta regulação de armas?”

O alto comissariado criticou a facilidade com que armas de alta potência — projetadas para matar muitas pessoas — podem ser adquiridas.

Ainda de acordo com Zeid, propagandas irresponsáveis pró-armas sugerem que o uso desse tipo de armamento torna a sociedade mais segura, quando todas as evidências, na verdade, apontam o contrário.

Um novo relatório de direitos humanos da ONU sobre a aquisição, posse e o uso de armas de fogo por parte de civis destaca o “impacto devastador” da violência armada em uma série de direitos humanos, incluindo os direitos à vida, à segurança, à educação, à saúde — um padrão adequado de vida e participação cultural.

De acordo com o documento, mulheres e crianças são vítimas frequentes de violência por armas de fogo, notadamente em ocorrências de estupro e outras formas de violência sexual, rapto, assalto e violência doméstica.

O relatório afirma que a proteção dos direitos humanos deve estar no centro do desenvolvimento de leis e regulamentos sobre a disponibilidade, a transferência e o uso de armas de fogo.

Como a ONU e especialistas de direitos humanos há muito recomendam,
medidas de controle de armas de fogo devem incluir sistemas adequados de verificação, de revisão periódica das licenças, de formação obrigatória, bem como a criminalização da venda ilegal de armas de fogo.

“Exemplos de muitos países mostram claramente que um cenário jurídico adequado para controlar a aquisição e utilização de armas de fogo levou a uma redução drástica da criminalidade violenta”, destacou Zeid.

Zeid acrescentou que é particularmente repreensível que este terrível acontecimento já esteja sendo utilizado para promover sentimentos homofóbicos e islamofóbicos. Ele ainda pediu que, após esse “incidente horroroso”, todos nos Estados Unidos se unam em torno da causa comum pelo fortalecimento dos direitos humanos — e consequentemente, da segurança — de todos os indivíduos no país.

Conselho de Segurança condena ataque com base em orientação sexual

Na véspera do pronunciamento do alto comissário (13), os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas condenaram fortemente o ataque terrorista que envolveu o alvejamento de vítimas em função de sua orientação sexual.

O organismo expressou suas profundas condolências às famílias dos mortos e ao governo dos Estados Unidos.

O Conselho reafirmou que o terrorismo, em toda as suas formas e manifestações, constitui uma das ameaças mais graves à paz e à segurança internacional.

Presidente da Assembleia Geral também se pronunciou

Também na segunda-feira (13), o presidente da Assembleia Geral da ONU, Mogens Lykketoft, considerou o caso o pior tiroteio em massa provocado por um atirador solitário na história dos Estados Unidos.

O dirigente expressou indignação pelo ataque e profundo pesar pelas vítimas
mortas no ocorrido.

Também a respeito do atentado, o secretário-geral da Organização Mundial do Turismo (OMT), Taleb Rifai, expressou “profundo choque”.

“Este crime hediondo nos lembra, mais uma vez, que estamos diante de uma ameaça
global e que precisamos mais do que nunca ficar juntos, reforçar a
nossa cooperação e continuar a lutar contra o preconceito”, ressaltou.

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