Publicado pela ONU Brasil
Acompanhados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), delegações do Brasil, Argentina e Paraguai se reuniram no começo de junho na região da tríplice fronteira para discutir o combate ao trabalho infantil nas cidades fronteiriças.
Liderados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) brasileiro, auditores do trabalho dos três países compartilharam suas metodologias de fiscalização, abordaram desafios comuns e visitaram algumas instituições que formam a rede de apoio e proteção à criança e ao adolescente nas cidades fronteiriças.
O resultado da missão conjunta foi anunciado no Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, 12 de junho, durante um evento de encerramento realizado em Foz do Iguaçu, no qual a Secretária de Assistência Social de Foz do Iguaçu, Beatriz Ribeiro, recomendou a criação de um conselho de fronteira para lidar de forma sistemática e integrada com o tema do trabalho infantil na região.
“O trabalho em conjunto e o compartilhamento de informações e boas práticas nas regiões de fronteira do Mercosul são de importância fundamental para maximizar esforços no combate ao trabalho infantil”, afirmou Ferraz, que acompanhou a missão como representante da OIT. “Foi um momento para trocarmos experiências, conhecermos como cada entidade atua dentro da rede de proteção dos países e entendermos os desafios específicos da fronteira, que é uma zona de intersecção onde muitas vezes as crianças ficam desamparadas”.
A proposta é que o conselho tenha um caráter “trinacional” e seja capaz de mapear todas as políticas públicas de proteção da criança e do adolescente existentes em cada uma das cidades fronteiriças: Foz do Iguaçu, no Brasil, Puerto Iguazu, na Argentina, e Ciudad del Este, no Paraguai. O resultado esperado é uma maior integração das redes de proteção já existentes em cada país.