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O Brasil de ontem e de hoje. Duas crises e duas formas de enfrentá-las


Em 2009, tivemos uma grande crise econômica global e o Brasil vivia outra realidade. É que naquela época existia um governo federal trabalhando para o desenvolvimento do país

Publicado: 05/10/2022


O Brasil enfrenta, hoje, uma grande crise econômica com o aumento da pobreza, dos preços, do desemprego e da fome. Alguns acreditam que a crise se deve a pandemia do novo coronavírus e a uma guerra que acontece na Ucrânia. Mas, em 2009, tivemos uma grande crise econômica global e o Brasil vivia outra realidade. É que naquela época existia um governo federal trabalhando para o desenvolvimento do país. Hoje, temos pessoas completamente despreparadas e irresponsáveis no comando do Brasil. 

Em 2009, durante o governo do ex-presidente Lula, o país crescia e pagava a sua dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o pré-sal foi descoberto e os preços dos combustíveis estavam controlados, foi dado início ao programa Minha Casa Minha Vida, que passou a garantir habitações populares para famílias brasileiras de baixa renda, com investimentos de R$ 34 bilhões para a construção de 1 milhão de moradias. A revista britânica “The Economist” publicou matéria de capa com elogios ao desempenho brasileiro, chamando o país de “a maior história de sucesso na América Latina”. Hoje o Brasil vive um caos econômico com o retorno da inflação e a disparada dos preços dos alimentos. 

Enquanto o desemprego crescia assustadoramente nos países da Europa e outros países do mundo, o relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontou que, no terceiro trimestre de 2009, o nível de desemprego já havia voltado ao patamar anterior à crise nas seis principais regiões metropolitanas do país. Em outubro de 2009, a taxa de desemprego era de 7,5%, equivalente à mesma taxa registrada em outubro de 2008.  Em 2014, no governo Dilma, tivemos o menor índice de desemprego da história, 4,9%.  E a renda dos mais pobres cresceu 84%. 

Hoje, temos taxas recordes de desempregados. E o rendimento do trabalhador caiu. Junto com a remuneração, a qualidade do emprego também diminuiu: no trimestre encerrado em agosto, o número de trabalhadores sem carteira assinada bateu recorde: 13,16 milhões de pessoas. Outras 4,37 milhões eram empregados domésticos, também sem carteira. 

Além disso, o governo Lula reduziu a fome no Brasil a patamares mínimos. 36 milhões de pessoas saíram da extrema pobreza. Hoje, a fome atinge 33,1 milhões de pessoas. Segundo dados do novo Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia de Covid-19 no Brasil, apenas 4 entre 10 famílias conseguem acesso pleno à alimentação no país.

O programa educacional ProUni ofertou quase 600 mil bolsas de estudo em aproximadamente 1,5 mil instituições de ensino em todo o país. Haviam também outros programas na área da educação como o Brasil Alfabetizado, Escola Que Protege, Escola Aberta, Programa Nacional do Livro Didático, Mais Educação, Acompanhamento da Frequência Escolar e Escola Ativa. Em 2009, o país investiu 7,5% do PIB em Saúde. No atual governo, os cortes na educação e saúde crescem ano após ano. 

Proposta do governo federal para o Orçamento da União/2023, enviada ao Congresso Nacional traz cortes de quase 15% nas despesas e investimentos, totalizando R$ 63 bilhões. Saúde, educação, assistência social e segurança pública foram os setores mais prejudicados. Pela previsão, o Auxílio Brasil será de apenas R$400,00, ao contrário dos R$600,00 que está sendo prometido. A tabela do imposto de renda não terá reajuste.

Além disso, em 2009, o Brasil havia tido, pela primeira vez, o menor índice de desmatamento da história do país. Houve uma redução de 45% se comparado ao período anterior. Em 2021, o Brasil perdeu 16.557km² – ou 1,65 milhão de hectares – de cobertura de vegetação nativa, uma área equivalente a quase 11 vezes a cidade de São Paulo ou mais da metade do território da Bélgica. A taxa representa um aumento de 20% em relação ao desmatado em 2020, que já era bastante alta. 

A Amazônia foi o bioma líder em destruição, com mais da metade (59%) da área desmatada em 2021. Foram 977 mil hectares. O valor representa uma alta de 15% em relação a 2020 e 27% a mais que o total desmatado em 2019, primeiro ano do governo de Bolsonaro. Em segundo lugar na lista ficou o Cerrado, com 500.537 hectares (30%); seguido pela Caatinga, com 116.260 hectares (7%); Mata Atlântica, com 30.155 hectares (1,8%); Pantanal, com 28.671 hectares (1,7%); e o Pampa, que perdeu 2.426 hectares. 
 

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