Novos rumores de rombo na previdência dos servidores. Sindsep não aceita esse discurso

O jornal Correio Braziliense, em sua edição de 29 de julho, publicou uma matéria que afirma existir um rombo da previdência pública, no chamado Regime Próprio de Previdência (RPPS), a previdência dos servidores públicos federais. O texto fala de um déficit previsto até o final do ano de R$ 65 bilhões. Com base no Tesouro Nacional, o jornal indica que o volume de contribuições para custear as aposentadorias e pensões dos servidores aumentou em 6,2% apenas nos primeiros cinco meses de 2014, provocando um “déficit de R$ 25,116 bilhões para bancar apenas 1 milhão de inativos — ou seja, R$ 5 bilhões por mês”.

 

Ao tomar conhecimento da informação do Correio Braziliense, a coordenadora geral em exercício do Sindsep-PE, Graça Oliveira (foto), disse não acreditar no tal rombo e questionou para onde está indo os 11% descontado mensalmente dos servidores federais ativos. “Que rombo é esse? Para onde está indo a nossa contribuição? Eu acredito que esse alarde é para justificar uma possível reforma da previdência por parte do governo que deverá assumir no próximo ano. Mas não vamos aceitar”, defendeu.

 

Para Graça, se o governo quer aumentar a arrecadação para custear o pagamento dos aposentados, ele deveria aumentar a quantidade de concursos públicos, contratar novos servidores, o que vai gerar renda para aumentar os cofres da previdência pública.

 

“Não é mais novidade para ninguém o envelhecimento do funcionalismo federal. A média de idade da categoria é acima de 50 anos. A grande maioria já está prestes a se aposentar. Os novos concursos não estão sendo suficientes para suprir a demanda da máquina pública. É uma questão de vontade política. Cabe ao governo resolver. O que não vamos admitir é pagar uma conta que não é nossa. Não fizemos dívida e não vamos pagar. Temos a taxação mensal para a previdência”, destacou Graça.