Nova assembleia dos trabalhadores da Ebserh nesta terça (18)

Os trabalhadores e trabalhadoras da Ebserh em Pernambuco, lotados no HC/UFPE, irão realizar uma assembleia nesta terça-feira (18) para debater o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2020/2021 da categoria. Na ocasião, irão discutir as novas movimentações relacionadas às negociações. A assembleia acontecerá pela plataforma Zoom. O link da reunião está sendo divulgado para os funcionários pela direção do Sindsep.

Apesar de 17 estados brasileiros e o DF terem entrado em greve no último dia 13, a ministra Delaíde Arantes, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), decidiu impedir o movimento paredista ao determinar um alto percentual de profissionais em seus locais de trabalho. Mas a proposta é de que a categoria mantenha a mobilização permanente.    

Há um ano e três meses que os trabalhadores da Ebserh estão tentando negociar o ACT 2020/2021 com a empresa, sem sucesso. Já foram realizadas onze reuniões entre os empregados e representantes da empresa, além de quatro reuniões que tiveram mediação do TST, mas o impasse continua.

Isso porque além de não conceder nenhuma reposição salarial à categoria, o governo Bolsonaro pretende reduzir os seus salários. A empresa continua insistindo na alteração do indexador de cálculo de insalubridade dos trabalhadores. Esse ponto é considerado cláusula pétrea para os funcionários e a mudança pode impor reduções salariais de até 27%.

“Estamos tentando negociar, há mais de um ano, por causa do respeito à população brasileira, que enfrenta o descontrole da pandemia do novo coronavírus graças à atuação do governo Bolsonaro. Mas acabamos sendo penalizados por este mesmo governo. Eles têm esta proposta absurda de retirada de direitos que resultará na redução salarial. Não compreendemos como, neste momento de pandemia, quando todos os profissionais da saúde estão cansados e psicologicamente abalados, o governo vem para a mesa de negociação com essa proposta”, comentou a funcionária da Ebserh e diretora do Sindsep-PE, Gislaine Fernandes.

“Isto só contribui para que nós nos sintamos ainda mais desvalorizados, prejudicando ainda mais a nossa saúde mental”, complementou Gislaine.