Nesta quinta (29) tem Dia D da greve dos empregados(as) da Ebserh

"Se a Ebserh não negociar, a greve vai aumentar. Se a Ebserh não se mexer, a greve vai crescer" e "Isso é um tormento, quatro anos sem aumento". Esses são alguns dos gritos de guerra dos empregados e empregadas da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, lotados no Hospital das Clínicas da UFPE. Eles estão em greve há uma semana, na tentativa de destravar o processo de negociação. 

Nesta quinta-feira (29/09) será realizado o Dia D da Greve. A atividade é nacional e aqui em Recife, no HC UFPE, será montado um telão no piquete de greve da Portaria 4 dessa unidade hospitalar. Será transmitido ao vivo um ato publico que a Condsef/Fenadsef fará em frente ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, simultaneamente à audiência pública de conciliação, prevista para iniciar às 10h. A expectativa é grande em torno desse momento, que pode por fim ou fortalecer ainda mais o movimento paredista.

A diretora do Sindsep-PE e trabalhadora da Ebserh Recife, Gislaine Fernandes, conta que o movimento tem recebido o apoio dos usuários do HC. "Quando estamos no piquete de greve, temos recebido o apoio da maioria das pessoas que estão esperando atendimento no Hospital e reconhecem a importância do nosso trabalho e o nosso direito de lutar por melhorias nos salários e nas condições de trabalho. Afinal de contas,  todos serão beneficiados", diz a sindicalista.

É importante frisar que  a Ebserh insiste em não querer negociar com a categoria. Na manhã dessa quarta (28), os grevistas foram surpreendidos com um pedido da empresa pública para suspender a audiência no TST e insistindo em manter a mesma pauta que prejudica os trabalhadores, reduzindo a insalubridade e o não reconhecendo o pleito dos assistentes administrativos.  Mas a greve continua.  

Debate

Na manhã desta quarta-feira (28/09) foi realizado um debate no piquete de greve sobre Direito de greve e assédio moral aos grevistas. O jurista Cláudio Ferreira explicou às pessoas presentes no piquete que a categoria tem direito a paralisar, desde que sejam cumpridos todos os trâmites legais, como publicação de edital e assembleia deliberativa, e isso foi feito pelo Sindsep. 

No entanto, Cláudio Ferreira explicou que é preciso manter os percentuais previstos por lei nos serviços essenciais para que a greve seja mantida na legalidade e possa continuar. Quanto ao corte de ponto, o Sindsep está mantendo também as atas para que os grevistas registrem seu ponto no piquete. Sendo assim, possivelmente ao final haverá negociar para compensar as horas.