NÃO à cultura do estupro!

A barbárie no Brasil vem ultrapassando todos os limites. O que se viu na última quinta-feira (26), com a divulgação de dois casos de estupros coletivos a adolescentes – um no Rio de Janeiro e outro no Piauí -, é o raio X de uma sociedade doente, machista, sexista, misógina e criminosa. Como definir a violência sofrida por uma jovem, estuprada por 30 homens, no Rio? Caso semelhante foi vivenciado por outra adolescente no Piauí, violentada sexualmente por sete homens. Esses dois crimes se somam a milhares de outras violências praticadas contra a mulher que acontecem corriqueiramente no Brasil, e que (pasmem!) parecem estar se naturalizando.

Dados revelados pela ONU Mulheres mostram que a violência contra a mulher é a violação de direitos mais tolerada no mundo. No Brasil, 527 pessoas são estupradas por ano, sendo que apenas 10% dos casos são denunciados. É preciso dar um basta a essa cultura do estupro. É urgente a necessidade de ação das autoridades policiais e judiciais na apuração desses casos e punição, com rigor, dos criminosos. É preciso também envolver toda a sociedade nesse debate para a que a luta contra a barbárie seja coletiva.

A violência sofrida pelas duas adolescentes é uma violência contra todas as mulheres, que precisam ter seus direitos garantidos e sua dignidade preservada.  Precisamos sair do nosso mundo individual, da zona de conforto, e denunciar e resistir. Nunca se calar. Machistas e misóginos não passarão!