Mulheres promoveram mobilizações em todo o país no Dia Internacional da Mulher

Do Sindsep-PE

Mulheres de todo o Brasil participaram de mobilizações de rua nesse domingo (08), data do Dia Internacional da Mulher. Com o mote “resistência tem nome de mulher”, elas realizaram atos pela democracia, pela retomada do Estado de Direito, pelo fim da violência contra a mulher e contra o feminicídio e o governo Jair Bolsonaro. As mobilizações aconteceram em 23 estados e no Distrito Federal, além de dezenas de cidades do interior.  

No Recife, houve ações descentralizadas no domingo, dia 8, no Morro da Conceição, Brasília Teimosa, Ibura e na feira de Nova Descoberta. Já o ato de rua “Feministas contra Violência do Estado Racista, Patriarcal e Capitalista” aconteceu nessa segunda-feira (09) e tomou conta das ruas centrais da capital pernambucana. 

As mulheres se concentraram, a partir das 14h, no parque 13 de Maio. No local, as trabalhadoras do campo e da cidade fizeram roda de capoeira e pintura de cartazes. De lá, saíram em caminhada pelas ruas centrais. Durante a caminhada, elas empunharam faixas e cartazes contra a violência física praticada por homens e perpetradas em uma sociedade machista e contra o governo Bolsonaro. 

“O dia de hoje serve para lembrarmos a nossa luta diária contra o machismo e contra a violência que atinge as mulheres. Hoje, estamos observando que essa postura machista está sendo alimentada por esse governo de extrema direita que incentiva posturas contrárias as mulheres. Com isso, os números de crimes contra as mulheres só tem crescido", destacou a diretora do Sindsep-PE, Gislaine Fernandes. 

Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, publicado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, entre 2016 e 2018 foram mais de 3,2 mil feminicídios no país. E a situação piorou em 2019 com um aumento de 7,5% no número de casos. 

Durante o ato, diversas falas repudiaram a violência e, também, o governo Jair Bolsonaro, que tem tomado medidas que prejudicam a vida de milhões de pessoas, mas principalmente das mulheres negras, pobres e periféricas. 

O protesto ganhou também um caráter de repúdio à mobilização golpista, antidemocrática e inconstitucional convocada por Bolsonaro contra o Congresso Nacional e o Supremo, para o dia 15 de março. No último sábado, Bolsonaro voltou a convocar a população para o ato, durante evento público na capital de Roraima, Boa Vista. 

“É uma provocação insistente as instituições democráticas do país. Bolsonaro tem natureza golpista e fascista. É importante que todos os brasileiros que defendem a democracia se unam contra esse absurdo”, comentou Gislaine Fernandes.  

14 e 18 de março 

No próximo sábado (14), haverá mobilizações para lembrar o assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ) e do motorista Anderson Gomes, que ainda não foi completamente solucionado, apesar de ter acontecido há dois anos. 

A CUT e as demais centrais sindicais e os movimentos sociais brasileiros estão se mobilizando para realizar uma grande jornada de protestos no dia 18 de março, Dia Nacional em Defesa dos Serviços Públicos, Empregos, Direitos e Democracia. É importante o envolvimento de todos os servidores federais pernambucanos.