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Ministro do Trabalho e Previdência de El Salvador troca experiências em diálogo com a CUT


Encontro foi na sede da Condsef/Fenadsef, em Brasília, nesta segunda-feira, 21. Entre temas abordados esteve a importância da regulamentação da Convenção 151 da OIT e reconhecimento do direito dos servidores públicos à negociação coletiva

Publicado: 22/08/2023

Foto: imprensa Condsef

Da Condsef/Fenadsef

O ministro do Trabalho e Previdência Social de El Salvador, Oscar Rolando Castro, fez uma visita de cortesia à Central Única dos Trabalhodores (CUT) nesta segunda-feira, 21. O encontro aconteceu na sede da Condsef/Fenadsef, em Brasília. Castro foi recebido pelo diretor da Executiva Nacional da CUT, Ismael José Cesar.

A diretora da Condsef/Fenadsef, Jussara Griffo, e o secretário-geral da Confederação, Sérgio Ronaldo da Silva, também participaram do encontro. Castro veio ao Brasil em busca de uma troca de experiências e parcerias, em particular com os ministérios do Trabalho e Previdência, além de buscar diálogos como outros ministérios, incluindo o Ministério da Agricultura. 

Na conversa com a CUT, o ministro buscou informações sobre a realidade da Central e no que poderia ajudar o movimento sindical de El Salvador com sua experiência. Em um breve histórico, Ismael Cesar pontuou que a CUT nasceu já rompendo com o modelo varguista no início da década de 80. A CUT completa quatro décadas no próximo dia 28 de agosto e se prepara para seu 14º Congresso com a realização de uma série de congressos estaduais em todas as regiões do país.

O 14º Concut acontecerá entre os dias 19 e 22 de outubro, em São Paulo. O congresso será um momento importante de definições de políticas, reivindicações, planos de luta, que serão entregues a governos estaduais e o governo federal. Ismael se comprometeu a colocar à disposição as resoluções desse encontro ao ministro de El Salvador que foi também convidado a enviar representações sindicais de El Salvador ao congresso da CUT.

A Condsef/Fenadsef, que completa 33 anos também neste mês de agosto, realiza o seu XIV Concondsef e V Confenadsef em Brasília a partir do dia 14 de dezembro, também com debates importantes para servidores, os serviços públicos e a população brasileira. 

Negociação coletiva no setor público está entre prioridades da CUT

A CUT transformou-se em uma potência devido a sua autonomia e liberdade sindical, representando hoje milhões de trabalhadores brasileiros. "É impossível falar de qualquer ganho do ponto de vista de direitos trabalhistas sem ter a digital da Central Única dos Trabalhodores", disse Ismael Cesar.

Entre os avanços mais recentes estão a política de valorização do salário mínimo, avanços nas relações de trabalho, negociação com servidores públicos, construídos especialmente entre os períodos de governos Lula e Dilma. A partir de 2016, com o golpe que afastou a presidenta Dilma Rousseff, os trabalhadores vivenciaram um período de retrocessos e ataques a seus direitos.

A resistência e a luta da CUT e suas filiadas e de movimentos sociais contra ataques aos direitos dos trabalhadores, incluindo as reformas da Previdência e Trabalhista, além da terceirização sem limites, além de barrar a aprovação da PEC 32/20, da reforma Administrativa de Bolsonaro-Guedes, foram essenciais também durante esse período. 

Nesse momento, há um debate prioritário em curso para o reconhecimento da negociação coletiva no setor público com a regulamentação da Convenção 151 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que será um passo importante de discussão com o governo federal. A CUT também está preocupada com a discussão sobre regulamentação de direitos de trabalhadores de aplicativo e trabalhadores informais, uma realidade hoje no mundo inteiro. 

A integração dos países da América Latinal foi destacada como de fundamental importância. "O bem estar de todos os países é importante para a classe trabalhadora como um todo, pois se um país vai bem com certeza o outro irá", apontou Ismael. "Neste sentido, a retomada do governo Lula traz uma perspectiva real de retomada de diálogo com os países da América Latina, o que é bom para os trabalhadores", concluiu o diretor da Central.

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