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Militantes apontam STF como responsável por suas vidas


Grupo faz um alerta aos ministros da Suprema Corte, afirmando que suas decisões podem resultar na salvação ou na morte não somente dos grevistas, mas de milhares de brasileiro

Publicado: 06/08/2018

Da CUT

Os militantes de movimentos sociais Zonália Santos, Jaime Amorim e Vilmar Pacífico, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Rafaela Alves e Frei Sérgio Görgen, do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), e Luiz Gonzaga, o Gegê, da Central dos Movimentos Populares (CMP) completam, nesta segunda-feira (6), uma semana sem ingestão de nenhum alimento, apenas água e soro.

Com o avanço da greve de fome, ato extremo de protesto por justiça para o ex-presidente Lula, mantido preso político desse 7 de abril, e contra a fome e miséria que voltou a atingir o povo brasileiro, os grevistas já começaram a apresentar debilidades.

Já estao mais de cansados, com sinais de fadiga, dores musculares simples começam a ficar mais intensas, mas o espírito ainda está bom, diz boletim médico diário sobre a saúde dos militantes.

A novidade desta primeira semana de protestos é a adesão de um integrante do Levante Popular da Juventude, Leonardo Armando, que a partir de hoje somará forças aos seis grevistas determinados a protestar contra as arbitrariedades do Judiciário brasileiro, que condenou e prendeu o ex-presidente Lula sem crimes e nem provas.

“A greve de fome que estamos realizando aqui em Brasília é [também] contra a fome. É para que outros não passem fome”, completou Frei Sérgio Görgen, principal porta-voz dos militantes grevistas.

Segundo ele, o projeto instalado com o golpe de 2016 impacta nas camadas mais pobres, com aumento da fome e violência, perda de direitos na saúde e educação e total desprezo pela soberania nacional.

“Por isso, essa greve de fome também é pela liberdade de Lula e seu direito de ser candidato. Ele está lá condenado e trancafiado [na sede da Superintendência da Polícia Federal] em Curitiba porque representa a ideia de que não se pode sustentar os privilégios da elite às custas da fome do povo”, argumenta Görgen.

Em manifesto protocolado no Superior Tribunal Federal (STF) no primeiro dia da Greve de Fome (31/07), os grevistas denunciaram a volta da fome, o aumento da violência, particularmente contra jovens, mulheres, negros e LGBT, a situação dos doentes com os ataques à saúde, a falta de perspectiva da juventude com os ataques à educação pública, o aumentos dos preços (carestia) dos alimentos, combustíveis e gás de cozinha e a perda da soberania nacional.

O apelo é dirigido ao STF, porém o recado em particular é voltado aos ministros Luis Edson Fachin, Cármem Lúcia, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Alexandre de Moraes, para que decidam em favor da presunção de inocência garantida na Constituição até o final do trânsito em julgado, o que daria a Lula a condição de liberdade e de candidato do povo nas eleições presidenciais.

Os manifestantes afirmam que a greve de fome foi uma opção livre e consciente para evitar que a população brasileira sofra dessa mazela social por imposição.

“A fome representa aqui o desprezo pelo ser humano, como se os pobres não precisassem viver. Isso é muito forte e doloroso!”, pontua Zonália Santos.

Atividades de mobilização

O país está em um momento decisivo de sua conjuntura e uma série de ofensivas por parte do campo dos trabalhadores estão sendo empreendidas para influenciar a agenda política nacional.

Além da Marcha Nacional Lula Livre, que começa dia 10 e chega à Brasília no dia 15, atos ecumênicos, mobilizações da juventude e do Dia do Basta das centrais sindicais (também dia 10), são o foco dos próximos dias de luta.

Hoje, às 16 horas, os militantes da Greve de Fome recebem a visita da Caravana Semiárido contra a Fome, que percorreu mais de 6 mil Km desde a cidade natal de Lula, Caetés/PE, até Brasília/DF, dialogando com a população sobre os perigos do retorno do Brasil ao Mapa da Fome da ONU (Organização das Nações Unidas). A Caravana passou ainda por Feira de Santana/BA, Belo Horizonte/MG, Curitiba/PR e São Paulo/SP, antes de chegar à Capital Federal.

Ainda nesta segunda-feira, em Corumbá de Goiás/GO, acontece o Acampamento Nacional da Juventude, reunindo jovens do campo e da cidade, em preparação para a grande Marcha Lula Livre.

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