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Menos agrotóxicos e mais limpeza dos ambientes


Estiveram presentes ao encontro, a coordenadora geral do sindicato, Graça Oliveira, e o diretor do Sindsep-PE, José Francisco de Assis, que representa o Sindsep no Conselho Estadual de Saúde

Publicado: 23/02/2016

Ascom Sindsep-PE

Representantes do Sindsep participaram do encontro realizado na última segunda-feira, no auditório da Fafire, para debater o Aedes Aegypti e as epidemias de Dengue, Zika e Chikungunya que vêm assolando o Estado. Na ocasião, foi realizada uma mesa redonda com o tema: Tríplice Epidemia: O que fazer? Como reagir?

A mesa redonda, promovida pela Pastoral da Saúde do Nordeste, contou com a presença de Lia Giraldo, professora da UFPE, pesquisadora da Fiocruz e integrante da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), George Dimech, diretor da Secretaria de Vigilância em Saúde do Governo do Estado, além da intermediação da professora da Universidade de Pernambuco e pesquisadora da Fiocruz, Paulette Cavalcanti.

Estiveram presentes ao encontro, a coordenadora geral do sindicato, Graça Oliveira, e o diretor do Sindsep-PE, José Francisco de Assis, que representa o Sindsep no Conselho Estadual de Saúde.

Segundo Lia Giraldo, que produziu um dossiê para a Abrasco sobre o uso de agrotóxicos para matar o inseto transmissor das doenças, a aplicação do produto químico não está diminuindo a incidência do mosquito, além de estar trazendo um grande malefício para a saúde da população.

“Inceticidas vêm sendo usados há mais 40 anos sem, contudo, reduzir o número de casos das doenças. O consumo de tais substâncias pela Saúde Pública só interessa aos produtores e comerciantes desses venenos. São insumos produzidos por um cartel de negócios muito lucrativo, que atua em todo o mundo e que, mesmo com evidências dos riscos provocados pelos organofosforados e piretroides, dos quais se conhecem tantos efeitos deletérios, têm tido o apoio de agências internacionais de Saúde Pública, como a Organização Mundial da Saúde (OMS)”, destacou.

Ao final do encontro, os presentes solicitaram ao representante do Governo uma reunião com o secretário de Saúde de Pernambuco, José Iran Costa Júnior, para solicitar o fim do uso de agrotóxicos no combate ao vetor das doenças. “A curto prazo, devemos promover um investimento maior na limpeza dos ambientes. A longo prazo, mais saneamento para a população. O foco deve ser a eliminação dos criadouros e não do mosquito. Porque eles criam resistência ao veneno e quanto mais veneno, mais resistência e mais veneno”, comentou Lia Giraldo.

A Abrasco produziu uma nota técnica (ver AQUI), com 13 recomendações, que deverá ser entregue ao secretário de Saúde. O diretor do Sindsep, José Francisco de Assis, concordou com a pesquisadora. “Se essa política de colocar venenos não está dando resultado algum, tem que ser modificada”, concluiu. 

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