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MEC acerta ao colocar violência contra a mulher na pauta do Enen


Num país em que a violência contra a mulher e em que uma frase proferida pela filósofa francesa Simone de Beauvoir – “Não se nasce mulher, torna-se mulher” - são rotulados como temas ideológicos, alguma coisa está errada

Publicado: 29/10/2015
Escrito por: Ascom Sindsep-PE

Num país em que a violência contra a mulher e em que uma frase proferida pela filósofa francesa Simone de Beauvoir – “Não se nasce mulher, torna-se mulher” - são rotulados como temas ideológicos, alguma coisa está errada. Essa polêmica se deu no decorrer da semana passada, depois que o Enen trouxe como tema de redação A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira e colocou uma questão referente à citação de Simone de Beauvoir.

O debate tomou conta das redes sociais, tanto por pessoas que defendiam a discussão, como os que acusavam, de forma equivocada, que esse assunto é “coisa de esquerda” e que se tratava de uma tentativa de “doutrinar” os jovens que fizeram o Enem. Para o Sindsep-PE, discutir a violência contra a mulher é mais que oportuno, assim como é urgente pôr fim a essa prática.

Para se ter uma ideia, a Central de Atendimento à Mulher do governo federal registrou, só no primeiro semestre desse ano, 32 mil relatos de violência contra a mulher, o que representa 179 casos por dia. Mais da metade dessas denúncias corresponde à violência física, seguida de agressão psicológica. É bom lembrar que esses dados não representam o real das agressões vivenciadas pela mulher, já que se trata de números oficiais. Levando-se em consideração os casos que não são registrados, as  estatísticas  crescem  ainda  mais.

Ou seja, o nível de violência contra a mulher já chegou num patamar insustentável e esse tema precisa sim estar na pauta da sociedade, seja em redação do Enen, nas escolas e universidades, no mundo do trabalho, em conversas informais e na vida doméstica de cada um. É preciso dar um basta nisso e pôr fim à discriminação e ao discurso preconceituoso de parte da sociedade que acha que combater a violência contra a mulher é assunto de esquerda.

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