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Maior taxa de juros do mundo trava crescimento da economia brasileira


O governo federal, empresários, economistas progressistas, centrais sindicais e movimentos sociais são contrários aos juros altos por eles travarem o crescimento econômico

Publicado: 27/06/2023

Foto: Divulgação/Arte - Alex Capuano (CUT)


Para a surpresa e insatisfação dos brasileiros e brasileiras, o Banco Central continua travando o crescimento da economia nacional. Em sua última reunião, realizada na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa Selic, juros básicos da economia, em 13,75% ao ano. Essa é a maior taxa real de juros do mundo e traz inúmeros prejuízos à economia do país, prejudicando os trabalhadores e os empresários e beneficiando apenas os investidores do sistema financeiro.

Nessa terça-feira (27), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial do País, mostrou nova desaceleração, com uma variação de apenas 0,04% em junho. Em junho de 2022, o IPCA-15 ficou em 0,69%. 

O governo federal, empresários, economistas progressistas, centrais sindicais e movimentos sociais são contrários aos juros altos por eles travarem o crescimento econômico, contribuírem para aumentar a dívida pública, impedir a geração de empregos e promover a desigualdade. 

“Com juros altos, os empresários acabam desestimulados a promover investimentos na indústria, comércio e serviços e aplicam seus recursos no sistema financeiro, o que promove a estagnação da economia e o crescimento do desemprego. Sem indústrias e empresas não há trabalho”, observou o coordenador-geral do Sindsep-PE, José Carlos Oliveira. 

A alta taxa também prejudica a vida de quem faz compras a prestação, tem dívidas no cartão de crédito, deseja financiar a compra de casa própria ou de veículos e pressiona as contas públicas. Cada um ponto percentual da taxa corresponde a um gasto de R$ 38 bilhões para o governo, dinheiro que poderia estar sendo investido em obras, gerando novas vagas de trabalho, e em políticas sociais. 

A única explicação para se manter a Selic no patamar atual é a atuação política e a visão neoliberal econômica do presidente do BC, Roberto Campos Neto. Campos Neto foi indicado para o cargo pelo ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, por ser um porta-voz do liberalismo econômico que vê a alta das taxas de juros como a única maneira de combater a inflação.

Erro de R$ 1 trilhão de Campos Neto pode caracterizar incompetência para o cargo 

Enquanto isso, o Tribunal de Contas da União (TCU) está analisando um “erro contábil” de R$ 1 trilhão no Banco Central, em 2019. A responsabilidade do rombo trilionário é de Campos Neto, que tem sido visto como despreparado para o cargo que ocupa. Os auditores contratados pelo Banco Central – os mesmos que aprovaram as contas das Americanas antes do escândalo de R$ 20 bilhões – alegaram que não havia nenhum erro no balanço e que os balanços dos anos posteriores foram aprovados sem ressalvas pelo TCU.

Auditores do TCU estudaram o processo e concluíram que as explicações apresentadas pela KPMG e pelo Banco Central sobre inconsistências contábeis de R$ 1 trilhão apontadas no balanço de 2019 ‘não refletem adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a situação patrimonial, o resultado financeiro e os fluxos de caixa do BC. 
 

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