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Júlia Duailibi revela tentativa de apaziguamento da punição de militares envolvidos no 8/1


A jornalista afirma que os atos não tiveram êxito porque havia vários grupos com posicionamentos distintos em relação ao futuro do País

Publicado: 09/01/2024

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Do GGN

“Não vamos mexer nisso aí”, “vamos esperar passar um pouco”, “as instituições passaram por um momento muito crítico”. Estas são algumas das justificativas usadas para apaziguar o envolvimento e, consequentemente, a penalização de militares nos atos golpistas que depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, um ano atrás. 

A impressão é da jornalista Júlia Duailibi, uma das diretoras do documentário “8/1 – A democracia resiste“, convidada do programa TVGGN 20H desta segunda-feira. 

Para compor o documentário que mostra os bastidores dos atos terroristas e também as decisões dos membros do Governo Federal, Júlia teve acesso a mais de 500 horas de imagens, que foram casadas com depoimentos e entrevistas. 

Uma das histórias resgatadas pela documentarista foi a ordem do secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, para que os policiais presentes no ato, até então de braços cruzados, tomassem providências. 

Ela também resgata a trajetória de dois funcionários da segurança do governo, que descobriram as invasões pela TV. De início, desacreditaram do que viam. Acharam até que fossem notícias falsas. Mas decidiram seguir para as sedes do governo e conseguiram impedir a depredação do terceiro andar do palácio, onde fica o gabinete presidencial. 

Impressões

Sobre o general Gonçalves Dias, então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), a impressão da jornalista é a de que ele não teve tempo de mexer na equipe. Por isso, boa parte dos servidores e comissionados que ali estavam eram homens do general Heleno, subordinado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Júlia acredita ainda que existe um grande empenho para responsabilizar mentores e executores dos atos. Assim, se as investigações avançarem, estas devem caminhar neste sentido, não em torno de militares que apoiaram a tentativa de golpe de Estado e outros crimes. 

Ainda em relação aos militares, a jornalista afirma que os atos não tiveram êxito porque havia vários grupos com posicionamentos distintos em relação ao futuro do País. 

“Há militares que reconhecem que se o golpe fosse bem sucedido, o BR estaria isolado no cenário internacional, havia essa reflexão. Há os mais conservadores que são legalistas. Houve falta de organização e comando do Bolsonaro, que foi embora, tudo isso levou um contribuiu para que não houvesse um apoio majoritário aos golpistas“, explica Dualibi. 

O documentário “8/1 – A democracia resiste” será exibido na próxima quarta-feira (10), na rede Globo, após o programa Big Brother Brasil – BBB.

Confira o programa na íntegra AQUI

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