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Inflação volta a subir devido a incompetência do atual governo


Só bastou passar o período eleitoral para que a inflação voltasse a subir no Brasil, deixando claro que o governo Bolsonaro estava segurando os preços artificialmente para tentar permanecer no poder

Publicado: 11/11/2022


Só bastou passar o período eleitoral para que a inflação voltasse a subir no Brasil, deixando claro que o governo Bolsonaro estava segurando os preços artificialmente para tentar permanecer no poder. Mas as manobras do governo não foram suficientes para garantir a baixa de preços nem mesmo até o mês de outubro, quando ainda não havia sido realizado o segundo turno eleitoral. Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação teve alta de 0,59% em outubro. 

A alta no mês passado aconteceu após uma sequência de três meses seguidos de deflação: 0,68%, 0,36% e 0,29%, respectivamente, em julho, agosto e setembro, especialmente por causa da decisão do governo em impor à Petrobras o congelamento dos preços dos combustíveis.

E, infelizmente, o destaque dos aumentos de outubro vai para os alimentos, o que impacta mais fortemente no bolso de todos os trabalhadores. Tivemos altas da batata inglesa (23,36%), do tomate (17,63%), da cebola (9,31%) e das frutas (3,56%). Na sequência estão biscoito (1,34%), frango em pedaços (1,17%) e refeição (0,61%). 

“O povo trabalhador brasileiro não aguenta mais ir ao supermercado ou às feiras livres. Todo mês há aumento de preços e os salários estão todos congelados. Nós, os servidores públicos federais, por exemplo, estamos há quase seis anos sem reposição inflacionárias em nossos salários. O que comprova que a culpa do descontrole econômico nunca foi do trabalhador”, comentou o coordenador-geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira. 

O descontrole da inflação ocorreu, sobretudo, por causa da política econômica adotada pelo governo Bolsonaro, que tem como ministro da Economia o banqueiro Paulo Guedes. O governo promoveu um grande corte de investimentos nas mais diversas áreas e políticas sociais e congelou salários de todos os trabalhadores, o que diminuiu o dinheiro circulante no Brasil, deixando a economia em colapso. 

A redução de investimentos fez com que sobrasse mais recursos para que o governo garantisse o pagamento da dívida pública brasileira, beneficiando apenas o sistema financeiro em detrimento de toda a população. O governo Bolsonaro também optou por dar continuidade à política de dolarização dos preços dos combustíveis, o que puxou a inflação para o alto, mas garantiu lucros bilionários aos acionistas internacionais da Petrobras. 

O resultado da política econômica adotada nos últimos quatro anos foi o aumento do desemprego, miséria e fome. 
Agora, com a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os primeiros passos da equipe de transição já demonstram que haverá um maior investimento do Estado em políticas sociais e em obras. 

E o mercado?

Mas, na contramão do desenvolvimento, começam a surgir as primeiras críticas do sistema financeiro. Ou seja, dos grandes investidores das bolsas de valores e compradores de papéis públicos, que não geram empregos e nunca estiveram preocupados com o povo trabalhador. Aqueles que são conhecidos genericamente pela alcunha de: “mercado”. Para eles, o governo deve estar preocupado com o controle fiscal e não com investimentos públicos. Também não deve mexer na política de preços da Petrobras. 

Foi esse mesmo “mercado” que passou os últimos quatro anos conivente com a pior gestão econômica deste país, engoliu o orçamento secreto e concordou com Paulo Guedes em todas as vezes que o governo elevou o teto dos gastos públicos, inclusive da última vez, durante a campanha, quando o aumento dos investimentos sociais teve uma motivação unicamente eleitoreira. 

“O mercado não tem nenhuma moral para conduzir os destinos do país e do povo brasileiro. O governo  Lula foi eleito para promover políticas públicas voltadas para os brasileiros e brasileiras que mais precisam da interferência do Estado e não para salvaguardar os lucros de bilionários como fez Bolsonaro nos últimos quatro anos. O sistema financeiro e os grandes meios de comunicação, que são comprados com anúncios, podem defender seus interesses. Mas, nós, os trabalhadores, não podemos mais nos pautar por interesses que são contrários aos nossos”, destacou José Carlos.  
 

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