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Grito dos Excluídos reúne milhares de pessoas no Recife


Representantes de diversos movimentos sociais caminharam de forma pacífica pelas principais ruas do centro da capital pernambucana, empunhando faixas e cartazes com suas demandas

Publicado: 07/09/2015

Ascom Sindsep-PE

Milhares de pessoas estiveram reunidas hoje no 21º Grito dos Excluídos, em Recife.  Com o tema ‘Reformar a Política para Democratizar a Comunicação’, representantes de diversos movimentos sociais caminharam de forma pacífica pelas principais ruas do centro da capital pernambucana, empunhando faixas e cartazes com suas demandas. Dois carros de som, com bandas tocando música ao vivo, animaram a mobilização. Os jovens do Levante Popular fez os presentes dançarem e pularem ao som de suas alfaias e abês.

A concentração teve início por volta das 9h, na Praça Oswaldo Cruz, bairro da Boa Vista. De lá, os manifestantes seguiram em passeata pela avenida Conde da Boa Vista até a Praça do Carmo, bairro de Santo Antônio, onde formaram uma grande roda de ciranda, por volta das 13h, encerrando o ato.

Entre as entidades participantes, o Sindsep-PE, a Central Única de Trabalhadores (CUT), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Consulta Popular pelo Plebiscito da Constituinte, Fórum de Reforma Urbana e Pastoral da Juventude.

“O Brasil sempre teve uma sociedade desigual, com uma enorme concentração de renda por parte de uma parcela pequena da população, enquanto a grande parte é excluída de direitos como saúde, educação, segurança e moradia. Apesar de termos tido grandes avanços nos últimos anos, eles não foram suficientes para transformar o País. Enquanto existir essa desigualdade social nós estaremos na rua reivindicando e mostrando a todos que não iremos desistir de lutar por um mundo melhor”, destacou o diretor do Sindsep-PE, Sérgio Goiana.

O Grito de 2015 tem como tema nacional ‘Que país é esse que mata gente, que a mídia mente e nos consome?’. O tema aborda a questão da violência nas periferias brasileiras contra os integrantes da fatia de baixa renda, na sua maioria jovens negros, e do discurso midiático dos grandes meios de comunicação, sempre atrelado aos interesses da elite econômica.

“Estamos aqui renovando o nosso espírito de luta e organização e trazendo para a rua o sentimento de revolta contra a burguesia brasileira que foi às ruas por diversas vezes depois das eleições, se apropriando do nosso discurso para tentar dar um golpe branco no Governo que está realmente investigando a corrupção e incomodando todos os corruptos do País”, destacou líder do Movimento Sem-Terra (MST) em Pernambuco Jaime Amorim.

Na mobilização recifense, os manifestantes também criticaram a privatização da Petrobras, a redução da maioridade penal, reivindicaram a reforma agrária e uma maior participação das mulheres no poder.

“Esse é um ato de reivindicação. Onde os movimentos sociais expõem todas as suas demandas. Este ano, o tema do Grito trás duas demandas importantes. Temos que acabar com financiamento privado de campanha para acabarmos com a corrupção. Mas também precisamos acabar com o monopólio da mídia que, no Brasil, está na mão de poucos conglomerados que dominam o discurso defendendo sempre a elite econômica e atacando os movimentos sociais e partidos de esquerda”, comentou o diretor do Sindsep-PE, Fernando Lima.

GRITO

O Grito dos Excluídos é uma manifestação popular surgida em 1995, como um desdobramento da Campanha da Fraternidade da Igreja Católica. Ao longo desses 21 anos, o evento tem se mostrado bastante plural e agregando várias crenças e ideais. A cada ano é trabalhado um tema que esteja em evidência na sociedade.

“Deus está com os excluídos. Com aqueles que não têm vez e voz na sociedade. Por isso sempre participamos desse momento”, disse a freira beneditina, irmã Juliana Lins.

“O Grito superou todas as nossas expectativas. Muita gente animada. A juventude compareceu. Os trabalhadores urbanos e rurais também. Foi um grito em defesa de nossas bandeiras e da vida”, comentou Paulo Rocha, vice-presidente da CUT-PE.

Em Pernambuco, também foram realizadas mobilizações em municípios do interior, como Caruaru, Garanhuns e Petrolina. 

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