Começo de ano, novo governo e muitos servidores e servidoras têm ligado para o Sindsep-PE em busca de informações sobre reajuste salarial, já que a categoria entra agora no sexto ano sem qualquer tipo de recomposição. A expectativa é grande, como também está sendo enorme a mobilização deste sindicato e da Condsef/Fenadsef, em Brasília, para que essa espera se materialize em algo concreto e os trabalhadores do serviço público federal enfim comecem a recompor seus salários, corroídos nos governos Temer e Bolsonaro, que além de não darem aumento ao funcionalismo ainda provocaram altos índices inflacionários na economia brasileira.
O secretário geral da Condsef/Fenadsef, Sérgio Ronaldo, conta que a federação conversou com o secretário de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Sérgio Mendonça. O sindicalista fala que o gestor garantiu que entre os dias 25 e 31 de janeiro vai reinstalar a Mesa Nacional de Negociação Permanente do Setor Público para definir a pauta prioritária do setor.
“Já adiantamos que a nossa prioridade número ‘zero’ é definir a questão dos reajustes de salários e benefícios porque depois que fecharmos isso o governo terá que enviar ao Congresso o Projeto de Lei para ser aprovado na Câmara e no Senado. Tem um caminho a percorrer e nós temos pressa porque os demais poderes (Legislativo e Judiciário) já resolveram as suas situações. Só a nossa que ainda estava indefinida pelos motivos claros de que o governo Bolsonaro não teve vontade política de fazer”, conta Sérgio Ronaldo.
Segundo estudo feito pela subseção do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na Condsef/Fenadsef, só nos quatro anos do governo Bolsonaro, o funcionalismo público federal do Executivo acumulou uma perda salarial de cerca de 27%. A análise considerou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), medidos pelo IBGE.
“A luta é garantir o reajuste este ano para que nos próximos anos possamos trabalhar sob um olhar de reconstrução das carreiras públicas e reajustes estabelecidos”, reforça o diretor do Sindsep-PE, Eduardo Albuquerque.