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Governo poderá responder proposta de reajuste até esta sexta (03)


Para os servidores federais, o governo Lula pode melhorar a proposta. Além disso, os servidores querem que o governo reveja o percentual da contrapartida paga pela categoria nos planos de saúde

Publicado: 01/03/2023


Até esta sexta-feira(03), o governo federal deverá dar uma resposta sobre a contraproposta dos servidores públicos, referente ao reajuste salarial da categoria. Pelo menos essa foi a promessa obtida pelos representantes dos servidores durante a segunda rodada da Mesa Nacional de Negociação Permanente, que aconteceu nessa terça-feira (28). Na ocasião, os representantes dos servidores federais apresentaram um ofício em resposta a proposta do governo de reajuste de 7,8%, além de um aumento de 43,6% no auxílio-alimentação, que faria o valor passar dos atuais R$458 para R$658. 

Para os servidores federais, o governo Lula pode melhorar a proposta. Além disso, os funcionários públicos querem que o governo reveja o percentual da contrapartida paga pela categoria nos planos de saúde. Hoje, a categoria arca com cerca de 70% do valor total pago pelos planos e só esse ano a Geap, plano de autogestão que atende a maioria dos servidores e seus familiares, já anunciou aumento de 9% nas mensalidades.

“Temos uma demanda represada de cerca de sete anos sem a reposição das perdas inflacionárias. Reconhecemos que existe uma sinalização importante na mudança de postura deste governo em relação aos dois governos anteriores. Mas, porém, essa proposta não atende as necessidades dos servidores. Acreditamos que o governo tem margem para propor um percentual maior. Com relação aos benefícios, o reajuste não pode se limitar apenas ao auxílio-alimentação. Precisamos avançar ainda na revogação de uma série de medidas antissindicais do governo anterior”, comentou o representante da CUT na mesa de negociação, Pedro Armengol. 

Os servidores também questionaram, por meio do ofício, se o percentual de reajuste será aplicado sobre os Vencimentos Básicos ou sobre a Remuneração Total de todos os servidores ativos, aposentados e pensionistas. A categoria solicitou ainda que as mesas setoriais tenham início já em março e que um calendário definitivo de funcionamento seja apresentado pela Secretaria de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho no Serviço Público (SEGRT).

“Os representantes do governo ficaram de fazer um debate interno e apresentar, na próxima reunião, novas perspectivas de negociação com a categoria para que nós possamos discutir com a base em assembleias estaduais”, disse Armengol. 

No documento entregue pelos servidores, também consta a necessidade da adoção plena e definitiva, por meio de lei, da Convenção nº 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que prevê a negociação coletiva, direito de greve e organização sindical no serviço público.

“Agora é aguardar a resposta do governo. O percentual de 7,8% é muito pequeno diante das perdas salariais dos últimos anos. Sabemos que este governo não pode assumir tudo o que os anteriores deixaram de fazer. Mas esse percentual pode ser maior sim. Vamos continuar insistindo neste ponto e nos demais da nossa pauta”, sublinhou o coordenador-geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira. 

A proposta inicial dos servidores demanda um reajuste de 26,94%, referente à inflação dos quatro anos de governo Bolsonaro. 
 

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