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Governo incentiva devastação do meio ambiente e população padece


A situação climática no Brasil e no mundo está cada vez mais caótica. Dias com temperaturas muito elevadas e períodos longos de estiagem e seca, contrastam com dias de chuvas torrenciais, inundações e deslizamento de terras

Publicado: 09/03/2022


A situação climática no Brasil e no mundo está cada vez mais caótica. Dias com temperaturas muito elevadas e períodos longos de estiagem e seca, contrastam com dias de chuvas torrenciais, inundações e deslizamento de terras. Tudo isso causado pelo aumento anormal da temperatura média do planeta que está diretamente ligado ao desmatamento de nossas florestas. Um estudo publicado na última segunda-feira (07) na revista Nature Climate Change constatou que 75% da Amazônia perdeu sua resiliência – a capacidade de se regenerar após eventos como secas, incêndios e derrubada de árvores. 

Esse dado sugere que o ecossistema se aproxima do chamado ponto de não retorno. A partir deste ponto ocorreria uma transição brusca na Amazônia que deixaria de ser uma floresta úmida e densa para se tornar um cenário com menos biodiversidade e com vegetação degradada, dominada por arbustos e gramíneas. Outras florestas do mundo já passaram por esse processo que é conhecido como “savanização”. Mas sem a biodiversidade de uma savana original.

A temperatura média global da superfície da terra aumentou aproximadamente 0,74 ºC nos últimos 100 anos. O Quinto Relatório de Avaliação do Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC), órgão das Nações Unidas que tem como função fazer avaliações de informações científicas sobre as alterações climáticas, deixou claro que, se medidas urgentes não forem tomadas o aumento da temperatura global excederá 2 ºC dos níveis pré-industriais, até até 2100. E esse aumento poderá ser catastrófico. 

Segundo os relatórios do IPCC, os maiores castigados pelas mudanças climáticas serão os países tropicais como o Brasil. Poderão ocorrer muito mais inundações, em virtude da intensificação das tempestades, e períodos ainda mais longos de estiagem. Nessas duas situações, a pecuária e a agricultura serão prejudicadas, assim como a sobrevivência de uma parcela da população e de diversas espécies.

Mais agressões

O governo Bolsonaro promoveu um verdadeiro desmonte dos órgãos de fiscalização ambiental, assegurando a impunidade de grileiros, pecuaristas, garimpeiros e madeireiros que atuam na ilegalidade em todo o país, sobretudo na Amazônia. O resultado: mais de 10 mil quilômetros quadrados de floresta foram devastados apenas em 11 meses do ano passado, segundo dados dos satélites do Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). 

Agora, Bolsonaro está pressionando o Congresso Nacional pela aprovação do projeto de Lei 191/20, que libera a mineração em terras indígenas e provocará mais impactos irreversíveis sobre diversos biomas brasileiros. Mas a pressão não é só de Bolsonaro. Embaixadores, empresários e lobistas, principalmente dos EUA,  da Austrália, do Canadá, e do Reino Unido, pressionam pela aprovação do Projeto que pode resultar na perda de 160 mil quilômetros quadrados de cobertura vegetal na Amazônia. Uma área maior que a Inglaterra.  

"O desprezo de Bolsonaro com o meio ambiente sempre foi evidente e poderá causar um dano irreversível na vida de milhares de brasileiros. Desde o ano passado, o noticiário nacional tem sido dominado por tristes histórias envolvendo enchentes e inundações. Estados como o Rio de Janeiro, Bahia, Tocantins, Maranhão e Santa Catarina têm sofrido com esses fenômenos. Muitas vidas foram perdidas e milhares de famílias ficaram sem suas casas e pertences. O governo permi destruição do meio ambiente, impactando não só no Brasil, mas em todo o planeta, comentou o diretor do Sindsep-PE e servidor do Ibama, Eduardo Albuquerque.  

Nomeações descabidas

Fica muito evidente o quanto Bolsonaro despreza o meio ambiente quando observamos as pessoas que o presidente nomeia para ocupar cargos importantes nos órgãos ambientais brasileiros. A última nomeação, ocorrida nessa terça (08), foi da advogada e atiradora esportiva Cristiane Lemos. Mesmo sem ter nenhuma experiência na área ambiental, Cristiane é a nova diretora de Educação e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente.  

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