SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS NO ESTADO DE PERNAMBUCO

(81) 3131.6350 - [email protected]

Home | Notícias

Governo Bolsonaro não negocia e servidores partem para greve


No próximo dia 16, os servidores irão realizar o Dia Nacional de Mobilização, Paralisação e Greve dos Servidores Públicos Federais com atos nas ruas e locais de trabalho de todos os estados, além de um ato em Brasília e mobilização nas redes sociais

Publicado: 14/03/2022


Todos os brasileiros e brasileiras, desde o momento em que nascem e por todas as suas vidas, utilizam os serviços públicos e políticas sociais, sejam administrados pelo Estado ou regulados por ele. São hospitais, serviço de vacinação, escolas, moradia, estradas, vias públicas, energia elétrica, programas de alimentação, segurança, produção e distribuição de combustíveis, entre vários outros. Os servidores públicos saem diariamente de suas casas para seus locais de trabalho para atender a população brasileira da melhor forma. 

Mas a falta de servidores e a carência de investimento em infraestrutura nem sempre possibilitam a oferta de um serviço de qualidade como deveria ser comum em todos os órgãos e empresas públicas. E a situação só vem piorando. A Emenda Constitucional 95 congelou, por 20 anos, os investimentos no setor. A EC-95 foi uma das primeiras ações do ex-presidente Michel Temer, logo depois do golpe que tirou a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) da Presidência, e vem sendo mantida por  Jair Bolsonaro. 

O governo Bolsonaro também vem tentando aprovar uma reforma Administrativa (PEC-32) que irá promover um desmonte ainda maior no setor. Em janeiro de 2019, quando Bolsonaro assumiu a Presidência, existiam 665 mil servidores públicos federais na ativa. Com a sua política de desmonte do setor, hoje são apenas 534 mil servidores. Devido à ausência de concursos públicos, são 131 mil servidores a menos.

Além disso, a grande maioria dos servidores está sem reajuste dos seus salários há mais de cinco anos. O fantasma da inflação voltou a assombrar a população brasileira. Combustíveis, gás de cozinha, tarifas de energia e água, alimentos, roupas e produtos diversos. Tudo está aumentando a um ritmo acelerado. Apesar de estarem sem reajuste há mais de cinco anos, os servidores querem que o governo reponha apenas 19,99% de seus salários, o que é equivalente à inflação dos três anos do governo Bolsonaro. Também querem a revogação da Emenda Constitucional 95 e o arquivamento da PEC-32. 

Mas o governo não quer negociar. Bolsonaro diz que não tem recursos para conceder o reajuste, mas seu governo reservou R$ 37,6 bilhões para emendas parlamentares, dos quais R$ 16,5 bilhões estão no "orçamento secreto". Também destinou um valor de R$ 1,9 trilhão para o refinanciamento da dívida. 

Diante do desrespeito com que vêm sendo tratados, os funcionários públicos federais decidiram iniciar um processo de mobilização. Se a única forma de fazer o governo negociar é paralisando as atividades, os servidores farão isso. No próximo dia 16, eles irão realizar o Dia Nacional de Mobilização, Paralisação e Greve dos Servidores Públicos Federais com atos nas ruas e locais de trabalho de todos os estados, além de um ato em Brasília e mobilização nas redes sociais. 

A partir do dia 16, o governo terá sete dias para atender às reivindicações. Caso não haja negociação e fechamento de um acordo até o dia 23 de março, deverá ter início uma greve geral por tempo indeterminado. 
 

« Voltar


Receba Nosso Informativo

X