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Fundos partidários e emendas individuais dos parlamentares são priorizadas


Enquanto uma parcela da população pede o impeachment da presidente Dilma Rousseff e atribui ao governo Federal a culpa por todas as mazelas sociais e éticas do país, o Congresso se resguarda e fica mais a vontade para fazer seus conchavos e legislar em causa própria. A maior prova disso foi o Orçamento 2015 da União, aprovado no dia 17 de março

Publicado: 24/03/2015

Enquanto uma parcela da população pede o impeachment da presidente Dilma Rousseff e atribui ao governo Federal a culpa por todas as mazelas sociais e éticas do país, o Congresso se resguarda e fica mais a vontade para fazer seus conchavos e legislar em causa própria. A maior prova disso foi o Orçamento 2015 da União, aprovado no dia 17 de março.
 
As duas maiores aberrações do orçamento aprovado estão ligadas aos fundos partidários e às emendas individuais dos parlamentares. A verba destinada aos partidos políticos mais que dobrou. Passou de R$ 371,9 milhões em 2014 para R$ 867,6 milhões, triplicou de valor em relação ao que estava previsto inicialmente, R$ 289,6 milhões. Segundo o relator da proposta, Romero Jucá, o aumento do fundo partidário foi uma solicitação e um consenso entre as legendas de direita e esquerda.     
 
Mas, a maior conta quem irá receber no orçamento deste ano são os próprios parlamentares. São R$ 12,37 bilhões para emendas individuais de deputados e senadores, o maior valor já consignado para esse tipo de ação até agora. Essa verba é direcionada para custeio, obras e serviços nas bases eleitorais dos congressistas em áreas como educação, saúde, esporte e turismo. 
 
“Talvez os valores alcançados representem, este ano, a força do PMDB e outros partidos pequenos, que apoiaram a eleição de Eduardo Cunha para a presidência da Câmara Federal. Com isso, parece ter vencido a lógica do toma-lá-dá-cá”, dispara o cientista política, Túlio Velho Barreto. 
 
CORTES
Coloca-se de um lado, tira-se de outro. É a lógica. Mas é irracional pensar o que foi sacrificado nesse orçamento para beneficiar os fundos partidários e os próprios parlamentares. O desenvolvimento energético pagou uma parte dessa conta. Foram cancelados R$ 4,8 bilhões destinados originariamente, pelo projeto do governo, para geração das termelétricas a diesel, para evitar impacto para os consumidores.


 
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