Fórum Nacional dos Servidores Federais aprova paralisação no serviço público

Em reunião na última quarta-feira, dia 21 de junho, o Fórum Nacional dos Servidores Federais (Fonasefe) – que reúne mais de 30 entidades representativas do funcionalismo federal – reforçou a determinação de os servidores federais participarem da mobilização nacional que acontece na próxima sexta, dia 30, contra as reformas trabalhista e da Previdência e pelo Fora Temer e Diretas Já! A Condsef/Fenadsef solicitou aos sindicatos filiados a realização de assembleias nos estados para organizar as atividades do dia 30.

O Sindsep-PE já está realizando assembleias para mobilizar os servidores. Nesta segunda, se reuniu com os servidores do Incra; na terça, tem assembleias às 10h na Secretaria Federal de Agricultura (SFA) e no Ministério da Fazenda. Na quarta, às 15h, é a vez de os servidores da Superintendência Regional do Trabalho (SRT) discutirem a paralisação do dia 30. Também no dia 28, os trabalhadores da Ebserh participam de assembleia, às 13h30. Além da greve geral, consta na pauta as negociações sobre o acordo coletivo do setor.

Representantes dos servidores da Ebserh também estarão reunidos, nesta quarta, em Brasília, no Encontro Nacional do Setor, realizado pela Condsef/Fenadsef. A ideia é debater sobre o processo de negociação com a empresa e tirar os encaminhamentos para garantir no acordo coletivo de trabalho as demandas dos trabalhadores.

Na reunião do Fonasefe, os sindicalistas também aprovaram uma agenda de atividades que antecede a mobilização do dia 30. Nesta terça, haverá audiência dos presidentes das centrais sindicais no Senado. Durante toda a semana, serão realizadas atividades nos aeroportos localizados nas bases dos senadores, além de atos no próprio Senado. O objetivo é convencer os parlamentares a votarem contra as reformas que retiram diversos direitos trabalhistas.  

CENTRAIS SINDICAIS

Na sexta-feira, dia 23, representantes das centrais sindicais se reuniram em São Paulo para definir os detalhes da programação do dia 30 de junho. Ao invés de greve geral, os sindicalistas adotaram o termo “parar o País”. A ideia é mostrar a sociedade que todo o Brasil deve se unir e parar para pressionar o governo e o Congresso a voltarem atrás na decisão de aprovarem as reformas da Previdência e trabalhista.

Esta semana, os dirigentes das centrais vão se reunir com os líderes partidários no Senado, para solicitar o arquivamento da reforma trabalhista, já aprovada na Câmara dos Deputados e na Comissão de Assuntos Econômicos da casa, mas derrotada na Comissão de Assuntos Sociais. A previsão é que a matéria seja discutida nesta terça na Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ) e votada no plenário ainda esta semana. Caso essa programação seja mantida, as centrais prometem um grande ato público em Brasília para impedir a aprovação da matéria.