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Estamos todos conectados ao trabalho escravo contemporâneo, diz brasileiro em evento na ONU


Onze palestrantes reuniram-se na sede das Nações Unidas em Genebra, na Suíça, no início de fevereiro para falar sobre iniciativas que estão mudando o mundo para melhor e transformando vidas. O brasileiro Leonardo Sakamoto foi um dos palestrantes

Publicado: 19/05/2016
Escrito por: ONU no Brasil

Onze palestrantes reuniram-se na sede das Nações Unidas em Genebra, na Suíça, no início de fevereiro para falar sobre iniciativas que estão mudando o mundo para melhor e transformando vidas. As conferências foram realizadas de maneira independente, por meio da plataforma TEDx.

Entre os palestrantes, estava o brasileiro Leonardo Sakamoto, jornalista, doutor em ciência política e representante da ONG de jornalismo investigativoRepórter Brasil, que identifica e divulga casos de violações aos direitos humanos no país e tem o apoio da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

“Nas nossas viagens, descobrimos que o trabalho escravo contemporâneo é uma ferramenta utilizada pelas cadeias produtivas modernas na busca por competitividade”, disse Sakamoto no evento internacional que teve a participação de palestrantes defensores dos direitos humanos de diversos países do mundo.

“Estamos todos conectados à escravidão. Estamos conectados pelo consumo. Um carro vendido aqui foi feito em Detroit com aço produzido com carvão de nossos campos na Amazônia que provavelmente têm trabalho escravo”, declarou. “Essa é a matéria-prima de nossos carros, nossos prédios, nossa moda”, completou.

Sakamoto falou do trabalho da ONG e sobre como ela identificou, desde 2003, ao menos 700 cadeias produtivas adotando mão de obra análoga à escravidão, com centenas empresas brasileiras e multinacionais envolvidas.

“Consumidores têm um importante papel a cumprir. Eles influenciam investidores”, afirmou, lembrando que a Repórter Brasil criou o aplicativo “Moda Livre”, que mostra o que as empresas de moda estão fazendo para combater o trabalho escravo e o tráfico de pessoas em sua cadeia produtiva.

Segundo estimativas da OIT, em 2012, existiam cerca de 21 milhões de pessoas vivendo em situação de escravidão moderna no mundo, gerando 150 bilhões de dólares de lucros ilegais. Quase metade delas (11,4 milhões) eram mulheres e meninas.

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