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Em ano de eleição, Bolsonaro quer reduzir ataques, mas 18 de março será de greve


A reforma Administrativa, que tentará implementar uma série de mudanças maléficas para o setor público brasileiro, deverá ser enviada ao Congresso nacional em dois momentos. A parte mais branda, antes das eleições. A parte mais pesada, depois do pleito municipal

Publicado: 06/02/2020


Depois de passar o ano de 2019 promovendo o desmonte dos serviços públicos e massacrando os servidores, parece que Bolsonaro dará um freio nas maldades por temer que os candidatos que apoiará nas eleições municipais deste ano sejam rejeitados nas urnas. A reforma Administrativa, que tentará implementar uma série de mudanças maléficas para o setor público brasileiro, deverá ser enviada ao Congresso nacional em dois momentos. A parte mais branda, antes das eleições. A parte mais pesada, depois do pleito municipal.

Segundo a reportagem do Correio Brasiliense, no primeiro semestre será encaminhado ao Congresso apenas o texto que define três categorias de servidores públicos para contratações futuras. A avaliação é de que reforma completa poderia engrossar as greves das estatais. 

Atualmente, duas empresas estão paralisadas contra o plano de privatização: a Petrobras e Casa da Moeda. Os Correios deliberaram greve para 12 de fevereiro. A Dataprev, parada desde 31 de janeiro, decidiu nessa quarta (4), suspender a paralisação dos trabalhadores por 15 dias, para tentativa de negociação.

E apesar da manobra visando as eleições, os servidores públicos não irão recuar da paralisação geral do dia 18 de março. Na última terça-feira, trabalhadores da administração pública se reuniram no Congresso com a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público e definiram a programação do ato de 12 de fevereiro, contra privatizações e retirada de direitos, e os encaminhamentos do dia 18.

O evento do dia 12 será realizado no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados. Dezenas de entidades sindicais e parlamentares contrárias ao desmonte do Estado e pela proteção da soberania nacional participarão do ato político que acontecerá pela manhã.  

Na parte da tarde, painéis discutirão mitos e verdades sobre o funcionalismo público, ajuste fiscal e privatizações. Ao fim da programação, haverá deliberação de encaminhamentos sobre atuação conjunta no Congresso Nacional, ações midiáticas de conscientização da população e mobilização para construção dos protestos de 8 de março (Dia Internacional de Luta das Mulheres) e 18 de março (Greve Geral).

“Chegamos a uma situação em  que, ou cruzamos os braços e paramos o Brasil, ou eles vão destruir este país. Não podemos ficar parados diante de tudo o que está acontecendo", comentou o coordenador geral do Sindsep-PE, José Carlos de Oliveira.

"Querem desmontar os serviços públicos para, depois, poderem privatizar e entregar tudo aos empresários. E para conseguir o apoio da população espalham mentiras sobre os servidores, como se todos nós fossemos ricos e não prestássemos serviços à população. Primeiro, a grande maioria dos servidores têm salários defasados. Segundo, os brasileiros usam o serviço público desde a hora que nascem até o momento que morrem. O serviço público perpassa por toda a sua vida.  E isso tem que ser dito a população”, concluiu José Carlos.  
 

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