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“É um remendo”, diz militante feminista sobre projeto do Senado que propõe cota para mulheres


Proposta de Emenda à Constituição aprovada na Casa garante percentual mínimo de mulheres nas eleições proporcionais

Publicado: 10/09/2015

Publicado no Brasil de Fato

Por Bruno Pavan

O Senado aprovou em segundo turno, nesta terça-feira (8), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 98) que estabelece cotas para mulheres nas próximas eleições proporcionais para o poder legislativo. A proposta teve 53 votos a favor e quatro contrários.

A PEC assegura um percentual mínimo de representação nas próximas três legislaturas: 10% na primeira, 12% na segunda e 16% na terceira. Após ser aprovada em dois turnos ela vai agora para a Câmara dos Deputados, onde será analisada.

A militante da Macha Mundial das Mulheres do Rio Grande do Sul Claudia Prates avalia como tímidos os avanços diante do quadro conservador da política brasileira e aponta que a luta por mais igualdade das mulheres deve atingir outros patamares da sociedade.

“É um remendo em cima de um sistema que não foi pensado para a participação das mulheres. Não queremos cotas, queremos um espaço de disputa justa que nos motive a lutar pelos rumos do país. Discutir essa reforma é discutir essas questões culturais, disputar em nível de igualdade e poder, e também a concepção de sociedade”.

Ela ainda lembrou que tanto as deputadas e senadoras quanto as servidoras ainda sofrem muito com o machismo e tem de lidar com situações de violência cotidianamente. “Quando você vê as mulheres que conseguiram estar no Congresso, percebe o quanto elas sofrem com assédio verbal e moral e até violência física no plenário. Além do sistema ser muito desigual, temos um congresso conservador que cada vez mais quer legislar o controle sobre os corpos e até mesmo como a gente se veste”, criticou.

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